Redação AI 07/06/2002 – Os exportadores de aves brasileiros terão que “suar a camisa” este ano diante do surgimento de novas restrições européias à mudança na classificação de categoria de produtos – o que limita ainda mais as cotas, os volumes e a receita com os embarques, que devem despencar.
Depois de um boom com a crise sanitária do “mal da vaca louca” e da aftosa, naquele continente, que elevaram as exportações em 80% em 2001, para este ano o salto não deverá ultrapassar 5% – caso as limitações sejam postas em prática. A previsão é do diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Claudio Martins.
Os produtores da União Européia (UE), temendo o grande volume de aves exportado pelo Brasil – 238 mil toneladas em 2001 – querem que a classificação tarifária dos frangos seja alterada. Em acordo firmado junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), as aves in natura pagam a taxa de 75% nas exportações. Já a ave temperada – responsável pela maior parte dos embarques brasileiros – tem uma tarifa de 15,4% para entrar naquele continente.
“Os produtores querem trocar o produto temperado para in natura, sendo que este também ficaria taxado em 75%. Essa é uma agressão às regras determinadas pela OMC. Com certeza o governo brasileiro irá intervir.” O projeto está em estudo na OMC. A entidade tem até o dia de hoje para se manifestar. Se for aprovado, o projeto deverá entrar em vigor no mês de outubro.