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Redação SI (Edição 161/2002) – A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) e o Fundo de Promoção da Carne Suína, com o apoio da ABCS, levaram o médico gaúcho Paulo Henkin para Florianópolis (SC), durante a realização da AveSui Feira Latino-Americana de Aves e Suínos, para falar sobre as qualidades nutricionais da carne suína e a sua relação com as doenças cardiovasculares. O encontro foi na noite de 9 de maio com o auditório do CentroSul (local da feira) lotado. Mais de 200 pessoas assistiram a apresentação e os argumentos do médico, que é especialista em nutrição humana.

Para começar, Henkin afirmou não haver relação alguma entre o consumo de carne suína e a incidência das doenças cardiovasculares. “Nos modelos atuais de criação de suínos, os percentuais de gorduras entre as diferentes carnes são muito semelhantes: entre 5,1% e 7,1% nos cortes magros de bovino, suíno e ovelha”, diz. “Também o percentual de proteínas é bastante semelhante: 20,3% em bovinos e 20,8% em suínos”. Segundo ele, a carne suína é uma rica fonte de vitaminas B12, B6, riboflavina, zinco, potássio, ferro, entre outros nutrientes essenciais.

Para despertar a incidência de doenças cardiovasculares isquêmica, de acordo com o estudo apresentado pelo médico, a pessoa precisa ter a pré-disposição genética, dieta desequilibrada, ser sedentária, ter pré-disposição à obesidade, consumir álcool ou fumar demasiadamente. “Apenas a ingestão da carne suína não provoca sozinha o desencadeamento dessas doenças”, diz o médico. “A carne suína é um importante alimento pela provisão de inúmeros nutrientes e sabor agradável e tem espaço, sob o ponto de vista nutricional, em dietas equilibradas. A escolha do seu consumo deve ser feita de acordo com a preferência individual, sem sofrer desestímulo por parte dos profissionais que atuam na área da saúde”. (Confira a íntegra da palestra de Paulo Henkin no site www.suinoculturaindustrial.com.br)