Redação SI 06/09/2002 – A Conab oferece, aos pequenos criadores, milho a um preço mais barato que o de mercado. Mas no Paraná, os suinocultores reclamam das condições da companhia para a venda do produto estocado. Toda vez que o criador de suínos Abrilino Ciello precisa comprar milho da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento – é uma dificuldade. Ele tem que ir até a Associação dos Produtores, apresentar a carteirinha preencher um formulário e pagar a taxa no banco.
“Esse intervalo todo aí leva quatro, cinco dias, até a gente ter acesso à nota fiscal. Muitos produtores evitam até de comprar pela Conab devido a essa grande burocracia”, conta o criador Abrilino Ciello.
Cada produtor pode comprar da Conab apenas 10 toneladas de milho por mês. Segundo os criadores de suínos do Paraná, essa quantidade não é suficiete. Na região oeste está o maior rebanho do Estado: 1,6 milhão de cabeças. Diunei Stuani produz só leitões, 1700 animais que consomem 35 de milho por mês.
“Se eles passassem pelo menos para 15 toneladas, ajudaria mais porque diminuiria também o frete”, diz o criador Diunei Stuani.
Os suinocultores reclamam também da qualidade e do preço do milho. O governo está vendendo a saca a R$ 15,00, enquanto na maioria das cooperativas, o preço é R$ 16,80.
“Se você levar em conta hoje que o milho da Conab hoje tem qualidade inferior em relação a outros milhos, eu diria que quase viável hoje comprar de cerealistas do que comprar da Conab”.
Os criadores de suíno enfrentam um momento difícil. O custo da produção aumentou e a remuneração caiu.