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Exportação de cortes especiais de aves para o Japão garante receita

Os principais importadores de frango brasileiros entre os meses de janeiro e agosto de 2002, em termos de volume, foram: Oriente Médio,União Européia, Ásia e Rússia.

Redação AI 03/10/2002 – No acumulado de janeiro a agosto, os exportadores brasileiros conseguiram garantir uma receita 16,2% maior com os embarques de frangos para a Ásia, apesar da queda de 16% no preço médio do produto para US$ 0,909 a tonelada, em comparação com igual período de 2001.

A melhora é decorrente do preço obtido com as vendas de cortes especiais, principalmente para o Japão, que possuem maior valor agregado, segundo o titular da Aves e Ovos Consultoria, José Carlos Teixeira.

Segundo o relatório divulgado pela Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), o volume dos embarques de cortes de frango ocorridos no mês de agosto cresceu 30% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Os cortes de frango representaram 63% do volume total embarcado em agosto.

O aumento no volume ocorreu devido ao adiantamento dos embarques de peito salgado decorrente da proximidade da data de entrada das medidas restritivas impostas pela União Européia (UE), que reduzirão os embarques em até 80%, segundo a direção da Abef.

Já as exportações totais de frango nos oito primeiros meses do ano cresceram 12,1%, somando 906,5 mil toneladas, em comparação com igual período do ano passado. Porém, a receita obtida com os embarques de aves apresentou queda de 5,8%, somando US$ 823,7 milhões.

A performance negativa dos preços, segundo a Abef, é fruto do excesso de oferta de produto no mercado internacional.

O aumento de 266% no volume das importações da Rússia em virtude da proibição sanitária imposta aos Estados Unidos, somando 164 mil toneladas de frango e gerando uma receita equivalente a US$ 95 milhões, também contribuiu para o resultado.

Os principais importadores de frango brasileiros entre os meses de janeiro e agosto de 2002, em termos de volume, foram: Oriente Médio, com 29% do total; União Européia, com 21%; Ásia, com 20%; e Rússia, com 18%.

Apesar do cenário adverso, o setor acredita que a abertura dos mercados do Canadá, China e Filipinas poderá reverter o quadro. Além disso, os exportadores membros da Abef estimam entrar, ainda este ano, nos mercados do Chile e do México.