Da Redação 30/10/2002 – O governo engavetou a idéia de fazer leilões de compra de milho para atender criadores de aves e suínos no Nordeste e evitar desabastecimento na região.
A justificativa, segundo Sílvio Farnese, da Secretaria de Política Agrícola, é que agora não é “um bom momento” para o governo entrar comprando, pois o mercado de milho está muito aquecido. Há menos de duas semanas, quando estudava a possibilidade, o governo informou que os volumes não seriam grandes por isso não pressionariam o mercado.Governo e setor vão se reunir na próxima semana para discutir saídas para o abastecimento. Com os leilões de compra, o ministério esperava obter milho para suplementar o Nordeste.
Uma saída para obter o milho para o Nordeste seria redirecionar parte do produto destinado às vendas de balcão no Sul, segundo Farnese. São cerca de 400 mil toneladas, dos quais 160 mil já foram vendidas.
O governo também decidiu adiar os leilões de opção de venda para milho safrinha por causa do atraso no plantio de verão.
Em relação aos leilões dos estoques de algodão do governo, a Conab deve ter uma definição hoje (30). Marcados para os dias 23 e 30 de outubro, os leilões foram suspensos por liminar obtida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A Conab estuda se entrará na Justiça para cassar a liminar ou se fará alterações nos editais, incluindo os exportadores. Neste caso, é provável que os exportadores tenham de arcar com o ICMS.