Grandes são as expectativas da Associação de Criadores de Suínos do Paraguai (ACCP) para a abertura de novos mercados para a exportação da carne suína nacional. O próximo alvo em potencial é o Chile, que se caracteriza por ter uma grande demanda por essa proteína.
Após a autorização do mercado taiwanês, o Chile demonstrou interesse em importar a produção de carne suína do Paraguai, explicou Jorge Ramírez, presidente do sindicato do setor suíno paraguaio.
“O mercado chileno é o mais exigente que temos em nossa área geográfica”, destacou. No entanto, a qualificação desse mercado sul-americano exigirá a implementação de uma série de projetos da Associação de Criadores de Suínos do Paraguai em conjunto com o Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Animal (Senacsa). Por exemplo, a implantação da ferramenta denominada “compartimentalização” no campo produtivo.
“Tem que ter um status sanitário específico, que é ‘livre de febre aftosa sem vacinação’. Estamos livres de febre aftosa, mas com vacinação, pelo que devemos proceder à constituição de pequenos compartimentos geográficos e demográficos de produção onde se verifique esta exigência. Mas esta ferramenta, que é utilizada ao nível do comércio internacional, leva tempo”, explicou ao LN/NM.
De acordo com o presidente da ACCP, a associação está atualmente trabalhando na determinação desses compartimentos para solicitar, no futuro, a autorização do mercado chileno. O Chile é um mercado de referência na região em termos de importação de carne suína, com números em torno de 80.000 a 90.000 toneladas por ano. “Habilitar o mercado chileno validaria o status da carne suína paraguaia”, disse Ramírez.
Desde que o mercado de Taiwan foi aberto para a exportação de carne suína, o Paraguai começou a aumentar a exportação dessa proteína.
Segundo o último relatório da Senacsa, entre janeiro e junho deste ano, foram exportadas 2.480 toneladas de carne suína e cerca de 27,9 toneladas de miúdos suínos, num total de US$ 6,53 milhões para quatro mercados: Taiwan (48%), Uruguai (37%), Geórgia (14%) e Costa do Marfim (1%).