Redação AI 13/12/2002 – Um projeto de abate de frangos em grande escala pode provocar uma nova onda de emigrantes do sul do Brasil para o oeste da Bahia. A prefeitura do município de Luis Eduardo Magalhães, em parceria com o Banco do Brasil e com a empresa Mauricéia Alimentos, de Pernambuco, está tirando do papel um projeto que envolve a participação de 500 produtores de frango integrados até 2005.
O corretor Sérgio Schleder, um gaúcho acostumado a participar de programas de colonização, já está pronto para começar a trabalhar junto às regiões produtoras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para cadastrar os pequenos produtores rurais interessados em começar vida nova no cerrado.
Em princípio, será organizado um loteamento com áreas pequenas, de cerca de 25 hectares, que terão a compra financiada a longo prazo, assim como recursos para investimento. O negócio, explica Schleder – que também participou da mudança de agricultores de Santa Rosa para o Piauí – é estimular esses integrados a produzirem também suínos, limão (há uma exportadora da fruta na região) e até mesmo uva.
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Desse modo, acredita o corretor, a mão-de-obra familiar poderia se viabilizar nessa região de culturas extensivas. O prefeito de Luis Eduardo Magalhães, Oziel Oliveira, já vem sendo assediado por médios produtores da região interessados em entrar no programa de produção de frangos. O empreendimento será instalado no centro industrial, uma estrutura em 248 hectares criada pelo governo para estimular a instalação de agroindústrias na região.
– Os incentivos são os mesmos que a Ford recebeu para vir para a Bahia – avisa o prefeito.
Nesse mesmo ritmo, o prefeito e representantes do Estado da Bahia estão viajando para o Rio Grande do Sul ainda neste mês. O objetivo é conquistar a Semeato e a Focking, convencendo as empresas gaúchas de máquinas a sucumbirem aos encantos do oeste baiano.
