Redação AI 17/09/2001 – Os exportadores de frango do Brasil estão preocupados com os atentados terroristas sobre os Estados Unidos, ocorridos no dia 11 de setembro, que podem vir a alterar a performance das exportações. Assim como em um jogo de xadrez, a queda das torres dos Estados Unidos acabou deflagrando um processo de indefinição junto ao mercado mundial, não apenas em termos de estratégias bélicas mas em relação às trocas comerciais, ou seja, em toda a economia global.
No ano passado, o segmento de frangos respondeu por 45,9% do faturamento e 44,3% do volume brasileiro de exportações de carnes. O Brasil é o segundo maior produtor de aves. Embora com retração de 17,5% na receita, o Oriente Médio foi até o ano passado o maior comprador de aves do Brasil respondendo por 74,2% (349,2 mil toneladas) de frangos inteiros exportados pelo País. A região respondeu nos primeiros sete meses deste ano por 32% dos US$ 736 milhões exportados em frango pelo Brasil. Nesse pacote de clientes estão: Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Kuait, Emirados Árabes, Iêmen, Omã, República do Irã e Turquia.
Com a alta desenfreada do dólar, a economia brasileira pode sentir muito com aumento nos custos do petróleo, dos equipamentos importados, dos produtos fármaco-nutricionais que compõe a ração das aves e com os custos dos seguros importação de avozeiros. Nesse sentido, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, falará hoje em entrevista coletiva, às 12 horas, sobre as medidas de incentivo do ministério às exportações e sobre a situação da economia global.