A Rússia realizou um segundo dia de ataques contra infraestruturas portuárias no sul da Ucrânia, incluindo terminais de grãos e petróleo, na cidade de Odessa, conforme relatado pelas autoridades locais. Esses bombardeios ocorreram após o presidente russo Vladimir Putin responsabilizar a Ucrânia por um ataque à Ponte de Kerch, crucial para a ligação entre a Rússia e a Península da Crimeia. Além disso, Putin retirou Moscou do acordo de grãos do Mar Negro, afetando as exportações de grãos ucranianos durante o conflito.
Os novos ataques resultaram em ao menos 12 pessoas feridas, de acordo com informações do exército ucraniano. Além disso, mais de 2.200 pessoas foram evacuadas de quatro vilarejos na Crimeia devido a um incêndio em uma instalação militar, que também forçou o fechamento de uma importante rodovia.
O governador de Odessa, Oleh Kiper, relatou que dezenas de mísseis e drones foram utilizados no ataque ao porto, com fragmentos atingindo prédios, resorts à beira-mar e armazéns, causando incêndios e ferindo várias pessoas. Além de Odessa, outras regiões como Poltava, Kirovohrad, Kharkiv, Donetsk, Mykolaiv e Kherson também foram alvo de ataques.
A comunidade internacional reagiu aos ataques russos, com a Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, destacando a gravidade das ações de Putin que impactam negativamente o fornecimento global de grãos ucranianos. O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, enfatizou que a saída da Rússia do acordo de grãos afeta desproporcionalmente as pessoas mais pobres, e ressaltou a necessidade de derrotar o país na guerra para evitar uma interrupção econômica ainda maior.