Com uma avaliação positiva e que atendeu as expectativas, a Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) partem para o treinamento da segunda turma em “Educação para o enfrentamento das gripes aviária, suína e equina”. O curso é voltado para médicos veterinários extensionistas de todo o Brasil e ocorre em Brasília, de 16 a 20 de novembro. A organização do treinamento é do MDA, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e conta com a parceria da Embrapa Suínos e Aves e do Laboratório Cedisa na definição da programação, do material didático e na apresentação de palestras.
Para René Dubois, consultor do PNUD e responsável pelo treinamento, esse curso é parte das ações que o MDA deve executar dentro do trabalho proposto para cuidar da prevenção e enfrentamento das pandemias de Gripe A e Aviária no País. O MDA é um dos 16 Ministérios integrantes do Grupo Executivo Interministerial (GEI), criado em 2005 com o objetivo de trabalhar nesta frente de prevenção. O papel do MDA é levar à agricultura familiar em geral toda a orientação sobre os temas.
De acordo com os organizadores, o extensionista será o agente responsável para induzir agricultores familiares e demais segmentos a eles relacionados a se apropriar dos princípios de biosseguridade, com ênfase à prevenção de doenças como influenza aviária juntamente com a preparação para o enfrentamento da pandemia e da gripe. “A meta é de que cerca de 90 profissionais sejam treinados neste momento e atuem como multiplicadores. Estimamos que mais de 1800 médicos veterinários recebam as informações repassadas neste treinamento até junho do de 2010”, comentou o pesquisador Paulo Armando de Oliveira, da Embrapa Suínos e Aves e um dos coordenadores.
Do público que participou da primeira turma, no início do mês, a avaliação foi positiva, principalmente ressaltando a qualidade e o nível das palestras. “Todos gostaram muito e consideraram as palestras de nível muito alto levando em consideração a realidade que enfrentam em algumas regiões do País”, comentou o pesquisador. De acordo com ele, 95% do curso tratou de questões veterinárias ligadas à doenças, porém foi importante a inclusão de outros temas, como as questões ambientais. “É necessário também passar informações sobre outras áreas, que acabam influenciando na propagação de doenças. O cuidado com a água, por exemplo, é fundamental numa produção, assim como a gestão de resíduos”, explicou.
Os participantes do treinamento de “Educação para enfrentamento das gripes aviária, suína e equina” tem uma programação extensa durante toda a semana, que inclui palestras, ações práticas como a necrópsia e colheita de material e debates e discussões.