Treze das 24 Províncias argentinas estão em emergência agropecuária desde terça-feira por causa da seca que atingiu boa parte do país neste ano. Em algumas localidades, a condição especial foi dada devido às fortes chuvas das últimas semanas.
Segundo o Ministério da Agricultura da Argentina, a estiagem registrada até o mês passado foi a pior em sete décadas. Em Províncias como Catamarca e Santiago del Estero, a seca deu lugar a precipitações elevadas, causando novos problemas. Pecuaristas tiveram que retirar às pressas centenas de milhares de cabeças de gado de propriedades às margens do rio Paraná, por causa das cheias.
Com a situação, agricultores e pecuaristas poderão adiar o pagamento de impostos com vencimento no período de validade do decreto governamental – que não tem data para ser levantado. Produtores que se viram obrigados a vender propriedades para pagar dívidas poderão ganhar isenção de impostos sobre a transação.
A expectativa das autoridades é que os benefícios durem de três meses a um ano, dependendo da região. Para usufrui-los, o governo analisará caso a caso os pedidos dos produtores. Uma das imposições é que, nas áreas afetadas por problemas climáticos, tenha havido quebra de pelo menos 50%.
O governo tenta, assim, assegurar a recuperação agrícola prevista para a safra 2009/10. A Sociedade Rural Argentina prevê colheita de soja de 50,3 milhões de toneladas, 59% a mais que no ciclo anterior. As boas perspectivas para a oleaginosa deverão garantir uma alta de 20% do PIB agropecuário.