Redação (12/01/2009)- De forma inédita, a China assumiu o primeiro lugar no ranking dos embarques ao exterior em 2008, informou o Ministério da Agricultura.
O recuo de 2,4% nas importações americanas levou o país ao terceiro posto na lista, com uma participação de 8,7% do total exportado pelo Brasil. Foram US$ 6,25 bilhões. Na outra mão, os chineses compraram 70% a mais e abocanharam uma fatia de 11% das vendas brasileiras com US$ 7,93 bilhões, sobretudo de soja. Mesmo tendo recuado em sua participação, a União Européia fechou 2008 como principal bloco destino dos produtos do agronegócio, com 33%, ou US$ 23,77 bilhões. A fatia da Ásia cresceu para US$ 16,85 bilhões (23,5%) e o Nafta recuou para US$ 7,21 bilhões (10%).
Beneficiadas pelo aumento nos preços internacionais das commodities, redução nos estoques e elevação da demanda nos países emergentes, as exportações do agronegócio atingiram o recorde de US$ 71,8 bilhões em 2008. Com vendas adicionais de US$ 13,4 bilhões sobre 2007, a expansão dos embarques chegou a 23%.
Mesmo pressionado pelo crescimento de 35% nas importações, o superávit da balança comercial do setor atingiu US$ 60 bilhões, um desempenho 21% superior aos US$ 49,7 bilhões. A fatia do agronegócio nas vendas totais brasileiras chegou a 36,3%.
O complexo soja ainda é o carro-chefe das vendas externas do agronegócio, com US$ 18 bilhões. Em seguida, permaneceu o complexo carnes, com US$ 14,54 bilhões. As vendas de soja e carnes saltaram de US$ 22,7 bilhões, em 2007, para US$ 32,5 bilhões. As exportações de lácteos cresceram 80%, de US$ 299 milhões, em 2007, para US$ 541 milhões em 2008.