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Comentário Suíno: Ano novo, preços em alta!

Com um mercado de carnes menos ofertado, suinocultores dos EUA assistem recuperação sem precedentes no preço do suíno.

Redação (15/01/2009)- Há uma semana o preço no mercado Iowa-Minnesota estava estacionado nos $49.95 dólares canal. Uma semana depois, neste mesmo mercado, teve uma média de $56.44, ou seja, um aumento de $14 dólares por cabeça. Tivemos que esperar passar as festividades de final de ano, enfrentar a normal queda estacional desta época, e finalmente esperar terminar o inventário acumulado de fornecimento de suínos. Mas agora estamos aqui. O aumento do preço nos Estados Unidos ocorreu, apesar de haver oferecido um grande volume de animais em linhas de sacrifício – 2 milhões 434 mil – uns 2% maior de quando o preço estava nos $0.48/lb canal. Possivelmente nesta próxima semana teremos a maior semana de sacrifício. Veremos uma queda significativa no fornecimento de suínos de engorda a matadores em maio, de aproximadamente 450 mil cabeças a menos por semana, o que se traduz em torno de 90 milhões de libras a menos de suínos por semana que não saíram ao mercado. Menos suínos, menos frangos e menos carne bovina já estão aqui, e uma recuperação sem precedentes no preço de suínos está em caminho.

Outras Observações

· Desde 1º de novembro, o Canadá exportou uma média de 16.125 suínos gordos por semana aos EUA. Enquanto isso, no mesmo período de tempo no ano passado estava enviando 66.125 semanalmente, uma queda de 50.000 cabeças por semana. Isto significou uma redução de 25% nas plantas de sacrifico americanas. Por quê? Duas razões: menos suínos no Canadá e a implementação da etiqueta do país de origem (COOL) por parte dos EUA estão produzindo uma retenção de suínos em casa. As embaladoras e frigoríficos canadenses estão manejando esta oferta e não vão ter problemas no futuro quando comecem as reduções estacionais e a queda de fornecimento.

· Também desde 1º de novembro, o Canadá enviou uma media de 106.000 leitões “early weans” (média de 5 quilos) e “feeder pigs” (média de 20-25) para os EUA. No mesmo período de tempo do ano passado, o Canadá exportou 145.000 cabeças por semana, o qual marca uma redução de 40.000 cabeças. A redução aqui tem as mesmas razões: o COOL e a redução do rebanho reprodutivo canadense produziram uma queda no fornecimento de suíno pequeno aos americanos.

· Se colocarmos os suínos de mercado e os leitões canadenses exportados juntos somaria 90.000 cabeças a menos por semana, isto é 4.5 milhões menos por ano, o qual é equivalente ao fornecimento de um turno duplo em uma planta de 1.000 cabeças por hora. A oferta tem encolhido.

· O inventário americano de suínos com pesos inferiores a 60 libras caiu no último ano em um milhão 248 mil cabeças, segundo a mais recente reportagem do USDA. Esta queda nos inventários incluiu os 40.000 leitões a menos que provinham semanalmente do Canadá. Esta situação se fará mais evidente no futuro. Menos suínos nos oferecerá preços mais altos a nosso produto.

· Na semana passada, tivemos uma conversa com um importante intermediário no comércio de leitões, em Iowa. Disse-nos que a maioria do tempo que lê nosso comentário estava em desacordo com o que escrevíamos. Na semana passada, havíamos dito que Iowa havia caído no último ano 610.000 cabeças em seu inventário de suíno de menos de 60 libras. O intermediário nos comentava que muito seguramente estávamos acertando esta vez, já que havia muito pouco suíno. E que semana após semana ele via como tem mais plantas de engorda vazias. Simplesmente os intermediários não podem encontrar suínos para que os produtores encham suas plantas novamente. Nossa conclusão é que, se os colaboradores estão tendo problemas de encontrar suínos em Iowa, onde se encontram a maior quantidade de plantas frigoríficas, plantas de alimento, uso eficiente de purinas e maior capacidade financeira do granjeiro nos EUA, é muito difícil imaginar que as coisas podem estar melhores em qualquer outro local do país.

· Se fizermos contas, o informe do USDA de 1º de dezembro reportava uma queda na safra de leitões no último ano de um milhão 100 mil cabeças, se a isto somarmos a redução ocasionada pela baixa de fornecimento de suínos canadense, poderíamos pensar em uns 175.000 suínos a menos na semana em plantas americanas. Isto é uma queda massiva.

· De igual maneira no referido informe se publica uma queda no consumo de cereais para este ano. No milho se projeta uma queda em seu consumo de 600 milhões de bushels comparada ao ano anterior. O trigo para fabricação de rações cairá em torno de 400 milhões de bushels. Resumindo, teremos uma redução projetada de 7% no consumo de cereais para fabricação de rações durante este ano, confirmando a premissa que vínhamos prevendo de menos pecuária e avicultura em nossos centros produtivos. Uma queda de 7% considerada massiva e será muito proveitosa na melhora de preços do suíno.

Etiqueta do País de Origem

O secretário de agricultura americano, Schafer assinou o COOL na semana passada. Não vimos ainda o documento final, e por esse motivo não faremos comentários. Nossa experiência nos diz que uma vez dadas às normas aos granjeiros, eles sabem como maximizar sua posição. Nos meses vindouros as embaladoras vão estar desesperadas na busca de suíno, já que esta implementação ocasionará uma posterior queda de 450.000 cabeças por semana. As embaladoras serão imaginativas e criativas.

Resumo

Haverá menos suíno gordo saindo ao mercado. 450.000 a menos por semana em maio comparado com a semana passada. A oferta de carne bovina é mais estreita agora também (16 milhões de libras comparadas à semana passada), mesma situação se verá com o frango (82 milhões de libras comparadas à semana passada). Internamente e globalmente a tendência é uma redução generalizada na produção de proteína animal. Os altos preços virão, um aumento de $14 dólares por cabeça já se viu na última semana, e os 90 centavos por libra veremos proximamente. A tendência a melhores preços não terá trégua, todos o necessitamos, e já tem sido suficientemente grande.

Autor: Jim Long Presidente da Genesus Genetics

Tradução: Fernando Ortiz Gerente de vendas Genesus em Ibero-América

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