Redação (21/01/2009)- Técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) já recolheram 26,4 toneladas de ovos, leite, carne e derivados no primeiro mês de fiscalização no litoral gaúcho.
Em 75 dias do verão passado, foram interceptadas 5,47 toneladas irregulares dos mesmos produtos de origem animal. Em apenas um mês, aumentou 381% a apreensão de produtos de origem animal inadequados ao consumo no litoral gaúcho, em comparação com todo o período de veraneio do ano passado. A fiscalização realizada em 124 barreiras, com a abordagem de 2.104 veículos, durante 30 dias, resultou no recolhimento de 26,4 toneladas de ovos, leite, carne e derivados pelos técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) envolvidos na Operação Verão Legal RS 2009 no litoral Norte e Sul do Estado.
No verão passado, em 75 dias, foram interceptadas 5,47 toneladas irregulares dos mesmos produtos de origem animal. "A situação é muito preocupante, pois a tendência de queda nas apreensões se reverteu este ano, com um surpreendente crescimento nos problemas detectados", avalia o médico veterinário Rodrigo Nestor Etges, do Serviço de Fiscalização e Controle de Trânsito do Departamento de Produção Animal (DPA) da Seappa.
Se a atual tendência prosseguir, o total de apreensões deve chegar a 50 toneladas no atual veraneio – alcançando um número oito vezes superior ao mesmo período do ano passado. O considerável aumento de quase quatro vezes no trânsito ilegal de produtos de origem animal deve servir de alerta os veranistas.
Segundo o veterinário, o consumidor deve observar a procedência da carne que for adquirir no litoral gaúcho, especialmente em açougues. "Em caso de dúvida, as pessoas devem perguntar sobre a origem da carne e pedir alguma comprovação, como carimbo de inspeção sanitária em algum dos cortes à venda ou mesmo a nota fiscal do produto", recomenda. "A compra de cortes embalados com a devida origem da carne, encontrados principalmente em supermercados, é a melhor escolha". Segundo ele, as principais causas das apreensões é a falta de comprovação da origem da carne e o transporte inadequado dos produtos, sobretudo com temperaturas acima do exigido por lei (7C).
Etges observa que, em virtude da fiscalização efetivada nos primeiros 15 dias de veraneio, de 15 a 31 de dezembro, as irregularidades diminuíram na segunda quinzena de trabalho. Os técnicos da Seappa aplicaram 44 infrações na última quinzena, ante 80 dos primeiros 15 dias.
Com isso, as apreensões e inutilizações de produtos também caíram, de 64 (primeiros 15 dias da operação) para 46 (nesta segunda quinzena). A quantidade apreendida somou 16,98 toneladas nos primeiros 15 dias da operação. Nesta segunda quinzena foram 9,4 toneladas interceptadas. "Esta queda era esperada, visto depois do choque fiscalizatório dos primeiros dias, os produtos são transportados com maior zelo no restante do veraneio", explica. "Mas, mesmo assim, só nos 15 dias mais recentes, foi interceptado quase o dobro do total do verão passado".
A fiscalização no litoral do RS ocorre em possíveis pontos de abates clandestinos e no trânsito de produtos de origem animal, com equipes volantes compostas por médicos veterinários, técnicos agrícolas e técnicos administrativos, sempre com apoio da Brigada Militar.
O contato direto com as equipes volantes pode ser feito por telefone. Para falar com a sede do DPA, em Porto Alegre, os números são (51) 3288.7825 ou (51) 3288.7800. No Litoral Norte, os fones são (51) 3628.1285 ou (51) 8445.6882. No Litoral Sul, os contatos devem ser com a Supervisão Regional do DPA de Rio Grande, pelo (53) 3232.3131 ou (51) 8445.6701.