Redação (27/02/2009)- Análise de Mercado – 27 de Fevereiro.
Suíno vivo
Lideranças dos produtores, indústrias e representantes políticos e produtores de suínos se reuniram, em regime de urgência, para tratar de assuntos de que envolvem o setor em meio a grande crise financeira que atinge o mundo. A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Comissão de Suinocultura da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) foram as idealizadoras da reunião que contou com todos os elos da cadeia produtiva.
Contando com o apoio de deputados Federais, membros da comissão de agricultura da Câmara dos Deputados, suinocultores compuseram pauta com as seguintes reivindicações: aceitação, pelo agente financiador, do estoque de carne e do plantel, como garantia no acesso ao crédito disponibilizado ao produtor integrado e do EGF de milho para agroindústria; elevação para R$ 20 milhões do limite para operações por CNPJ; medidas para dar liquidez aos créditos de PIS e COFINS das empresas; aceleração das ações governamentais para conquista de novos mercados e recuperação de mercados perdidos; discussão do "memorandum" de entendimento Brasil – Rússia; trocas governamentais de suínos por trigo com a Rússia; aquisições governamentais de 50.000 t de carne suína; draw-back verde amarelo; elevação dos limites de custeio pecuário para suinocultura independente; recriação linha de crédito de retenção de matrizes; que foram entregues ao ministro da agricultura Reinhold Stephanes.
Para Rubens Valentini presidente da ABCS, "o momento é de união, mas também de ações rápidas e eficientes, pois o produtor de suínos já está trabalhando nos limites da sua sobrevivência". Segundo José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) e da ABCS, é preciso que as autoridades tenham conhecimento das grandes dificuldades que a suinocultura nacional está passando. Daí a importância desta reunião e do pleito gerado por ela.
Os produtores apontam o baixo valor do quilo da carne e o aumento do preço dos insumos como grandes obstáculos enfrentados pelo setor. "Sentimos que está difícil colocar o animal no mercado, mesmo com o preço insuportável que vem sendo praticado, sabendo-se que hoje, a cada animal terminado, o produtor está perdendo cerca de R$ 100" comentou João Bosco Martins, presidente da Asemg.
Rubens Valentini, explicou a situação do setor no país "Os produtores estão no limite de suas possibilidades para garantir a sobrevivência no negócio". Valentini acentuou a condição inovadora das sugestões referentes ao crédito rural (retenção de matrizes e custeio pecuário), através da qual o produtor poderia usar os animais como garantia junto aos bancos.
O Presidente da Comissão de Suinocultura da CNA, Renato Simplício Lopes, destacou a importância do setor aproveitar essa oportunidade para desenvolver "o grande potencial do mercado interno brasile iro".
PERMUTA: um dos principais itens discutidos na reunião com o Ministro, encaminhado pelas entidades cooperativas foi a possibilidade de concretizar a troca de trigo por carne suína nas negociações em curso entre o Brasil e a Rússia. O Ministro não chegou a dar uma resposta afirmativa, mas indicou que esteve reunido com os moinhos para discutir o assunto.
A princípio, os moinhos que no passado já importaram trigo da Rússia estariam dispostos a analisar essa possibilidade comercial, desde que as condições de preço e qualidade do trigo objeto da troca sejam compensatórias. O Ministro acredita que até o final da semana o governo deverá ter uma resposta sobre a viabilidade dessa operação. Camargo Neto ressaltou a importância da medida, considerando que "enxugar uma parte dos estoques provocaria um efeito positivo imediato sobre o mercado brasileiro".
PARTICIPANTES: participaram ainda do evento, Enori Barbieri, Vice-presidente da Federação de Agricultura de Santa Catarina, um dos principais estimuladores do evento; Elsio Figueiredo, da Embrapa Suínos e Aves; Genoir Poli, da Aurora; Raulino Machado, Vice-Presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso; José Cardoso Penna, da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais; J. Batista Manfio, da Associação dos Produtores do Paraná; Cléo Barbiero, da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul; Losivânio Lorenzi, da Associação dos Criadores de Suínos de Santa Catarina; Marcelo Lopes, da Associação dos Criadores do Distrito Federal; além de representantes do MAPA, do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior e de inúmeras empresas da a área processamento. (ASEMG)
GO R$2,50
MG R$2,20
SP R$2,18
RS R$1,86
SC R$1,80
PR R$1,90
MS R$1,50
MT R$1,70
Frango vivo
Uma eventual (e inesperada) mudança nas cotações vigentes que possa ocorrer hoje ou amanhã, não vai alterar a cotação média do frango vivo comercializado no interior paulista, que chega ao final do mês com uma estabilidade de preços raras vezes observada em outros fevereiros.
No ano passado, o produto sofreu três alterações de preços – todas para baixo (de R$1,45/kg para R$1,30/kg). Este ano, apenas uma – e para cima (de R$1,75/kg para R$1,80/kg). Com a vantagem, também rara, de ter ocorrido logo no primeiro dia de negócios do mês. O que faz do valor médio recebido no mês o melhor preço dos últimos cinco meses. Melhor, inclusive, que o do mês de Natal.
O único senão é que esse desempenho não reflete a real situação do avicultor e da avicultura de corte. Mas isso já não é culpa da atividade e, sim, da conjuntura econômica, pois o setor avícola vem fazendo convenientemente a "lição de casa". Assim, não fosse a crise mundial, estaria colhendo os frutos das sementes plantadas nos últimos meses. (AviSite)
SP R$1,80
CE R$2,30
MG R$1,85
GO R$1,80
MS R$1,55
PR R$1,85
SC R$1,75
RS R$1,75
Ovos
Aos poucos o mercado volta a sua realidade com uma boa demanda e com os produtores, mesmo com feriado prolongado, com dificuldades em atender seus clientes tradicionais.
Diante deste cenário e com outros bons argumentos, não há motivo algum para que os preços fiquem estacionados.
Falta de mercadoria, sobem os preços. É a lei. (Com informações do Mercado do Ovo)
Ovos brancos
SP R$45,90
MG R$49,00
Ovos vermelhos
MG R$51,00
RJ R$51,00
SP R$47,90
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 80,29, com variação em relação ao dia anterior de –0,24%. A variação registrada no mês de Fevereiro é de –4,3%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou o dia de ontem cotado a US$ 34,25, com variação em relação ao dia anterior de –0,26%, e de –4,3% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$77,00
Goiânia GO R$72,00
Dourados MS R$74,00
C. Grande MS R$75,00
Três Lagoas MS R$76,00
Cuiabá MT R$70,00
Marabá PA R$70,00
Belo Horiz. MG R$77,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 44,65. O mercado apresentou uma variação de –0,58% em relação ao dia anterior. O mês de Fevereiro apresenta uma variação de –8,6%.
O valor da saca em dólar fechou o dia de ontem cotado a US$ 19,05, com uma variação de 0,74% em relação ao dia anterior, e de –9,72% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$47,00
Goiás – GO (média estadual) R$39,00
Mato Grosso (média estadual) R$38,00
Paraná (média estadual) R$44,65
São Paulo (média estadual) R$43,00
Santa Catarina (média estadual) R$45,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$39,50
Minas Gerais (média estadual) R$41,00
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 21,32. O mercado apresentou uma variação de 0,63% em relação ao dia anterior e de –9,11% no acumulado do mês de Fevereiro.
O valor da saca em dólar fechou o dia de ontem em US$ 9,10, com uma variação de 1,96% em relação ao dia anterior e de –10,23% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
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