Análise de Mercado – 27 de Abril.
Suíno vivo
O balanço do primeiro trimestre da Abipecs, Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, mostra que as vendas externas de carne suína aumentaram. Mas, o criador reclama do preço que recebe.
O local precisa ser limpo e protegido. A alimentação deve ser balanceada. São exigências para quem é suinocultor integrado com a indústria.
Na propriedade do criador Clair Dellagostin, em Aratiba, no norte do Rio Grande do Sul, há matrizes e leitões. Quando o animal atingem 22 quilos vão para a indústria. O preço hoje é de R$ 4,00 o quilo. São 10% menos do que ele recebia em 2008.
“Nós temos muitas dificuldades porque estamos sempre entregando com prejuízo. A crise realmente existe e está se prolongando até mais do que o produtor imaginava”, disse seu Clair.
Essa realidade não é diferente para o produtor independente, que tem o ciclo completo e que vende os animais direto para quem pa ga melhor. Quando se trata de suíno gordo, esse suinocultor recebe no mínimo 5% a mais do que o integrado. Mas na hora de fazer as contas o lucro é menor por causa dos custos de produção.
Hoje, o preço preocupa tanto o produtor independente quanto o integrado. Nos dois casos, a venda dos animais não está cobrindo os custos de produção.
Na propriedade dos Klein a criação é independente. Hoje, eles recebem cerca de 20% menos em relação a abril do ano passado. Para tentar reduzir os custos de produção, incluiu soro de leite na alimentação dos animais.
“Há pesquisas que indicam que hoje se economiza em torno de meio quilo de ração por quilo de suíno produzido na diminuição da dieta”, disse o agricultor Gilberto Klein.
Embora o preço pago ao criador esteja baixo, as exportações de suínos aumentaram esse ano. Segundo a Abipecs, Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, foram exportadas no primeiro trimestre 138,8 mil toneladas de carne. Vinte por cento mais do que o obtido no mesmo período do ano passado.
O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, explicou porque os resultados positivos da indústria não se refletiram no preço pago ao criador. “Esperamos que brevemente os preços melhorem, mas o que ganhamos nesse trimestre não compensou o que perdeu no último trimestre. Isso em volumes. Os preços que caíram bastante em dólar, as empresas ainda não conseguiram aproveitar a maxi desvalorização que ocorreu. O que se vive hoje é aquele cambio antigo. Então, a gente está com preço em dólar menor e com o câmbio antigo. Mas isso deve começar a melhorar daqui para frente”, falou. (Globo Rural / Asemg)
GO R$2,50
MG R$2,50
SP R$2,66
RS R$2,03
SC R$2,10
PR R$2,10
MS R$1,95
MT R$1,90
Frango vivo
O frango vivo comercializado no interior paulista atravessou a quarta semana do mês com o valor inalterado em R$1,60/kg, mas ainda com relatos de negociações a preços inferiores. E como isso – preço e mercado fraco – vem desde 25 de março passado – ou seja, há mais de 30 dias – a impressão que fica é de que “tanto fez como tanto faz”.
Em outras palavras, parece que a comercialização do frango vivo no mercado paulista tornou-se algo tão marginal e insignificante que a antiga referência da avicultura nacional para todo o comércio de frango (vivo ou abatido, na granja, no atacado ou no varejo) perdeu todo o seu significado.
A realidade é que, praticamente completado o primeiro quadrimestre do ano e a despeito da nunca vista redução da oferta interna, a ave viva continua sendo remunerada com o mesmo valor praticado no encerramento de 2008 e abertura de 2009. (AviSite)
SP R$1,60
CE R$2,50
MG R$1,65
GO R$1,65
MS R$1,50
PR R$1,75
SC R$1,60
RS R$1,60
Ovos
O mercado de ovos enfrentou, na semana que passou, uma das mais fortes desvalorizações do produto no ano, já que o preço médio da semana recuou mais de 11%. Ou 17,5% em apenas duas semanas – se considerado os valores praticados na Semana Santa, até aqui os melhores de 2009.
A realidade é que, com as atuais cotações, o ovo praticamente retrocede aos valores praticados no final de 2009, quando registrou preço médio de R$39,00/caixa (a diferença a menos em relação ao preço da última semana é de apenas seis centavos por dúzia).
Como é praticamente impossível a oferta do produto ter aumentado significativamente em apenas duas semanas, a conclusão é de que o problema está no consumo. Mas pode não estar relacionado ao final do mês e, sim, a uma crise mais grave na demanda. A avaliar nestas duas próximas semanas. (AviSite)
Ovos brancos
SP R$45,90
RJ R$49,00
MG R$49,00
MG R$51,00
RJ R$51,00
SP R$47,90
Boi gordo
Nesta quinta-feira o preço do boi gordo teve novo recuo. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 79,21/@, com desvalorização de R$ 0,69, com a mesma variação, o indicador a prazo foi cotado a R$ 80,09/@. Na semana, o preço da arroba a prazo já acumula retração de 2,25%.
A BM&FBovespa fechou em baixa, a exceção foram os contratos com vencimento em junho/09 (R$ 78,60/@) e julho/09 (R$ 81,10/@) que tiveram variação positiva de R$ 0,19 e R$ 0,04, respectivamente. O primeiro vencimento, abril/09, fechou a R$ 78,95/@, com baixa de R$ 0,55. Maio/09 apresentou retração de R$ 0,23, fechando a R$ 77,28/@ e outubro/09 fechou a R$ 83,92/@ (-R$ 0,35).
Os frigoríficos conseguiram alongar as escalas, que estão em média com uma semana. Em virtude da oferta maior e compra mais fácil os preços do boi gordo apresentam recuos em muitas praças. Mesmo diante da perda de qualidade d as pastagens, consequencia da redução das chuvas e queda das temperaturas forçando um volume maior de vendas, os pecuaristas continuam retraídos e procuram vender apenas o necessário fragmentando suas vendas em vários frigoríficos, com receio de novos calotes.
Em Nova Monte Verde/MT, pecuaristas e frigorífico Arantes ainda não chegaram a um acordo. O BeefPoint entrou em contato com Cleudevaldo Birtche (Tucura), que participou ontem do protesto na planta do frigorífico, e comentou que o Arantes propôs pagar a dívida com os pecuaristas no prazo de um ano, proposta que não foi aceita pelos credores.
Segundo ele, o frigorífico continuará fechado. Os pecuaristas permitiram a retirada da carne que estava armazenada na unidade, mas reforçaram que os abates continuam suspensos até que uma solução seja apresentada para resolver o problema. “Nós queremos acertar os débitos para normalizar a situação. Ele está usando o dinheiro do pecuarista para comprar boi à vista e não quer pa gar a gente. Eu mesmo falei, se você acertar o que deve com os produtores da região eu vendo boi com prazo de 30 dias sem problema nenhum, mas o homem é difícil de combinar”, ressalta Tucura.
No atacado da carne bovina, o traseiro foi cotado a R$ 6,00 (-R$ 0,10), o dianteiro a R$ 4,30 e a ponta de agulha a R$ 4,00, com o equivalente físico sendo calculado em R$ 76,16/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente físico ficou em R$ 3,06/@.
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 663,90/cabeça, alta de R$ 0,29. A relação de troca recuou para 1:1,97. (Beefpoint)
Triangulo MG R$73,00
Goiânia GO R$73,00
Dourados MS R$72,00
C. Grande MS R$73,00
Três Lagoas MS R$74,00
Cuiabá MT R$71,00
Marabá PA R$70,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
Os produtores de soja devem aproveitar a alta no preço do produto no mercado internacional neste segundo trimestre. Esta é a recomendação que se pode tirar do relatório da RC Consultores sobre soja, enviado hoje de tarde para o blog. Isto porque a “bolha” no preço do produto lá fora deve durar só até o meio do ano. Só que nem isso será suficiente para elevar a produção neste ano. A previsão da consultoria é de um pequeno crescimento, de até 3%. É que mesmo com a melhora na margem operacional do produtor, com a queda no preço dos insumos, ainda falta crédito.
Além disso, a “bolha” no preço neste segundo trimestre não vai impedir que a soja em grãos tenha uma queda de 22% no preço internacional, segundo cálculos da RC. Um dos fatores é a diminuição da especulação nos mercados futuros de commodities. Outro é a queda na demanda internacional.
O preço só não vai cair mais, entre outros fatores, pela esta gnação da produção brasileira e pelas reduções nas produções de Argentina, por causa da seca, e dos Estados Unidos, que cedeu área de plantio de soja para o milho. (O Globo Online)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$49,00
Goiás – GO (média estadual) R$44,50
Mato Grosso (média estadual) R$43,00
Paraná (média estadual) R$50,50
São Paulo (média estadual) R$48,00
Santa Catarina (média estadual) R$49,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$45,00
Minas Gerais (média estadual) R$46,00
Milho
Os contratos de milho para julho fecharam em baixa de 1,09% na Bolsa de Chicago (CBOT), cotados a 385,75 centavos de dólar por bushel. Na BM&F Bovespa, os contratos para maio encerraram a semana negociados a R$ 22,80 a saca de 60 quilos. Os preços caíram com a especulação de que o clima quente e seco acelerou o plantio do Centro-Oeste dos Estados Unidos, melhorando o potencial da safra.
Ainda no lado fundamental, segundo Paulo Molinari, consultor da Safras&Mercado, a cotação do grão foi pressionada pela “gripe suína” que atinge o rebanho mexicano. Segundo ele, “as exportações americanas de milho para o México podem cair em função da redução do rebanho e da produção de carne”. (Gazeta Mercantil)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$17,50
Minas Gerais (média estadual) R$19,00
Mato Grosso (média estadual) R$14,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$18,00
Paraná (média estadual) R$20,50
São Paulo (média estadual) R$22,00
Rio G. do Sul (média estadual) R$20,00
Santa Catarina (média estadual) R$23,00