Em Santa Catarina o mercado está estável sem alterações significativas no preço do quilo do suíno vivo, que nesta semana foi comercializado a R$ 2,30 o quilo, R$ 0,05 a mais que na semana anterior. Segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), a baixa nos preços do custo de produção, como os referentes ao farelo de soja e milho, aumentaram a margem de lucro do suinocultor, que começa a se recuperar.
O mesmo cenário se repete para os produtores do Distrito Federal, que têm vendido os animais a um preço médio estável, fechando a comercialização na semana em R$ 2,77 o quilo do suíno vivo. A estabilidade das cotações é considerada positiva para a Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DF SUIN), se comparada ao primeiro trimestre do ano anterior. Com esse panorama, os suinocultores aguardam a alta dos preços já na primeira semana de abril, após o feriado.
Em São Paulo, a bolsa da semana apenas sinalizou a cotação, que fechou em R$ 52,00 a @, o equivalente a R$ 2,77 o quilo do suíno vivo. Porém, segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) o mercado físico tem comercializado em R$ 48,00 a @, ou R$ 2,56 o quilo do suíno vivo. Com o custo de produção em torno de R$ 2,45 o quilo, a rentabilidade do produtor nesse mês foi de cerca de 5%.
Minas Gerais está com o mercado estabilizado essa semana com o quilo do suíno vivo sem comercializado a R$ 2,60, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), que considera a situação típica de véspera de feriado da Semana Santa. Segundo o diretor industrial do Frigorífico Industrial Betim (Frigobet), Mauro Soares Costa, a demanda estava bastante ajustada, mas nessa semana o mercado retrocedeu. “Estamos abatendo cerca de 60% a menos que a capacidade total do frigorífico. Porém, essa margem de queda é considerada normal para a época do ano. Esperamos recuperar as vendas na primeira quinzena de abril”, explica.
Já o Paraná segue a semana com o preço do quilo do suíno vivo sendo cotado a R$ 2,30 e R$ 2,20 em determinadas regiões, mantendo a estabilidade da semana anterior. Para a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) as pequenas alterações na cotação auxiliam na sustentação de um preço real de mercado.
Declarações
Losivânio Luiz de Lorenzi, vice-presidente da ACCS
A queda no preço dos insumos tem melhorado a rentabilidade do suinocultor, apesar deste não ter conseguido incrementar o preço do quilo do suíno vivo. Com isto, há mais estabilidade na relação receita/despesa e melhoria do poder de compra do produtor.
Carlos Geesdorf, presidente da APS
A semana registrou um desaquecimento do mercado em função da tradicional queda de demanda ocorrida durante o feriado da Semana Santa. e também em consequência da queda do preço em estados como o Mato Grosso, que leva os suinocultores daquele estado a comercializarem seus animais aqui no DF. Mas, a expectativa é que na primeira semana de abril o preço normalize e venha a subir gradativamente.
Marcelo Lopes, presidente da DFSuin
O mercado retrocedeu. Os frigoríficos estão comprando menor quantidade e pagando preço inferior ao da semana passada. Os suinocultores não estão com animais sobrando, porém as vendas não estão no ritmo esperado.
José Arnaldo Penna, vice-presidente da Asemg