Em Santa Catarina o mercado está estável sem alterações significativas no preço do quilo do suíno vivo, que nesta semana foi comercializado a R$ 2,30 o quilo. Segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), a volta do ICMS não deve alterar drasticamente os preços da próxima semana, já que o mercado está bastante aquecido e por isso, a média nas cotações deve ser mantida.
O mesmo cenário de estabilidade se repete para os produtores do Distrito Federal, que têm vendido os animais a um preço médio, fechando a comercialização na semana em R$ 2,70 o quilo do suíno vivo. Mesmo com a estabilidade das cotações, a baixa nos custos de produção faz com que o suinocultor consiga atingir uma margem de lucro satisfatória, segundo a Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSUIN). Com esse panorama, os suinocultores aguardam uma pequena alteração no mercado na segunda quinzena do mês.
Em São Paulo, a bolsa da semana apenas sinalizou a cotação, que fechou em R$ 55,00 a @, o equivalente a R$ 2,93 o quilo do suíno vivo. Porém, segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) o mercado físico tem comercializado em R$ 52,00 a @, ou R$ 2,77 o quilo do suíno vivo. Minas Gerais está com o mercado estabilizado essa semana com o quilo do suíno vivo sendo comercializado a R$ 2,70, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), mas há tendência de alta na próxima bolsa, com previsão de aumento entre R$ 0,10 e R$ 0,15. Segundo o gerente de compras do Frigorífico Friall, Reinaldo Martins, a demanda estava bastante ajustada, mas nessa semana o mercado retrocedeu. “Está havendo mais oferta que procura de animais no estado, que estão bastante pesados para comercialização, ocasionando acúmulo. Mas esperamos que a situação melhore nas próximas semanas”, explica.
Já o Paraná segue a semana com o preço do quilo do suíno vivo sendo cotado a R$ 2,35, mantendo a estabilidade da semana anterior. Para a Associação Paranaense de Suinocultores (APS), ainda que pequenas, as alterações na cotação auxiliam na sustentação de um preço real de mercado.
Declarações
Mesmo com volta do ICMS esperamos que não haja grandes alterações no preço do quilo do suíno vivo que deve se manter em R$ 2,30, ainda que a mudança esteja acontecendo em um período do mês onde já há mudanças no consumo que afetam as cotações. Esperamos que voltando o preço na pauta o produtor não apresente mudanças em sua rentabilidade.
Losivânio Luiz de Lorenzi, vice-presidente da ACCS
Ainda há expectativa de retração no mercado, mas como as cotações dos estados que mais interferem nos preços do DF, como SP, MG E MT, estão estabilizados nos dá uma margem de segurança, já que a inclusão de fretes e ICMS acabam nivelando o preço. Além dos nossos custos de produção estão bastante competitivos, deixando uma produtiva também segura ao suinocultor.
Alexandre Cenci, vice-presidente da DFSuin
Mercado está com grande demanda e as baixas temperaturas têm colaborado para o aumento de consumo. Porém, os frigoríficos têm comprado em menor quantidade, pagando preço inferior ao da semana passada. Os produtores da região estão com pequena sobra de animais, devido às vendas que não estão no ritmo esperado.
José Arnaldo Penna, vice-presidente da Asemg
O mercado do Rio Grande do Sul está firme, com os preços do quilo do suíno vivo em torno de R$ 2,35, mas desde a última semana no mês de março que não há reação no preço, mesmo com o consumo ajustado à demanda. Mas acreditamos que esse panorama está dentro da realidade, já que a suinocultura passa por um estágio de recuperação.
Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs)