Análise de Mercado

Análise de Mercado – 10 de Setembro
 
Suíno vivo
O preço da arroba do suíno reagiu de um mês pra cá. Com o custo da ração favorável, a margem de lucro aumentou e os criadores paulistas já pensam em retomar o investimento nas granjas.
Todo dia nasce um leitão e também tem suíno no ponto de abate na grande do criador Antônio Ianni. Ele é criador independente em Itu e tem um rebanho de 24 mil animais. Toda semana, manda 900 cabeças para o abate.
No estado de São Paulo, a suinocultura está nas mãos de criadores como ele, que fazer o ciclo completo. O sistema integrado que existe no sul do país quase não é encontrado em São Paulo. De uns anos para cá, a categoria encolheu bastante. “Há mais de 15 anos nós tínhamos quinhentos e poucos suinocultores, hoje nós temos apenas 77 produtores dentro da associação e mantemos o mesmo plantel, ou seja, a economia de escala é um fato. A prova disse é que em torno de 100 mil matrizes é o nosso plantel e cerca de 40% está c oncentrado na mão de 20 produtores”, explica Valdomiro Ferreira, presidente da Associação Paulista de Criadores.
Nos últimos anos, os criadores paulistas investiram bastante em genética de qualidade e manejo. O número de leitões desmamados para a engorda aumentou de 25 para 29 por ano.
Nada anima mais o dono da granja do que o resultado financeiro de 2010. Neste ano, o preço da ração está menor e o preço da arroba, de um mês para cá, reagiu bastante. No começo de agosto valia R$ 48 e entrou setembro valendo R$ 56.
“Se imaginarmos que o preço do suínos não está ótimo, mas se compararmos com o preço da soja e do milho, ele está em um preço razoável”, diz o criador.
Tradicionalmente o segundo semestre é melhor para a carne de porco no Brasil. Com a recuperação do preço, Antonio já pensa em voltar a investir na granja. “Nós vamos melhorar aqui neste setor alguma coisa pouca em relação ao aquecimento dos animais e na fábrica de ração a gente pretende melhorar a fábric a porque está muito obsoleta. Uma fábrica que tem 30 anos de idade. Graças a Deus nós estamos respirando com mais oxigênio”, garante. (Suino.com)

 GO R$3,15 
 MG R$3,15 
 SP R$3,09 
 RS R$2,77 
 SC R$2,55 
 PR R$2,75 
 MS R$2,25 
 MT R$2,60 

Frango vivo
No justo espaço de 14 dias, o frango vivo comercializado no interior de São Paulo e em Minas Gerais obteve cinco reajustes de cinco centavos cada. Ontem, por exemplo, foi negociado por R$1,85/kg em São Paulo e por R$1,95/kg em Minas Gerais, superando o recorde mantido até sábado, de R$1,80/kg e R$1,90/kg, respectivamente.
Temia-se que, passada a “semana do salário” e com o feriado de 7 de setembro (um dia a menos de abate na semana) o mercado viesse a sofrer um esfriamento, permanecendo com o mesmo preço alcançado em 2 de setembro. Mas – conforme a Jox Assessoria Agropecuária – os negócios do dia foram realizados em ambiente firme, inclusive porque empresas integradas buscaram o mercado spot para complementar suas necessidades.
No momento, os preços recebidos pelos produtores paulistas e mineiros estão, respectivamente, 15,6% e 11,4% acima dos vigentes 30 dias atrás, na mesma data. Já em relaç ão a 8 de setembro de 2009 a variação de Minas Gerais chega a 50% e a de São Paulo a 48%.
Mas isso, ressalte-se, não representa ganho atual. É uma variação decorrente da baixa base registrada há um ano – R$1,25/kg entre os paulistas; R$1,30/kg entre os mineiros, os menores valores registrados em 2009. (Avisite)