Análise de Mercado – 04 de Outubro
Suíno vivo
Os preços do suíno vivo seguem em alta na maioria das praças acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Mesmo com o típico desaquecimento na demanda por carnes devido ao período de fim-de-mês, frigoríficos mantiveram firmes as compras de animais visando a reforçar os estoques para o final do ano, de acordo com pesquisas do Cepea.
Na quinta-feira (30/09), a Associação Paulista de Criadores de Suínos anunciou venda de animais vivos entre R$ 60,00 e R$ 61,00 a arroba no interior de São Paulo.
Quanto à carne suína, no correr de setembro, foi fortemente influenciada pelas altas nos preços da carne bovina que, por sua vez, subiu impulsionada pela baixa oferta de boi gordo.
Os maiores preços da carne suína, conforme levantamentos do Cepea, acabaram influenciando aumentos nas cotações do suíno vivo, cuja oferta seguiu relativamente baixa ao longo do mês passado. Com i nformações do Cepea/Esalq/USP. (Suinocultura Industrial)
GO R$3,25
MG R$3,25
SP R$3,20
RS R$2,87
SC R$2,60
PR R$2,80
MS R$2,25
MT R$2,55
Frango vivo
Mesmo tendo perdido dez centavos de seu preço nos dois últimos dias de setembro – fato atribuído, como sempre, ao “zeramento” do poder aquisitivo e à retração do consumidor nessa época do mês – o frango vivo encerrou o nono mês do ano com saldo positivo, visto ter obtido, antes dessa perda, ajuste total de 30 centavos (último preço de agosto: R$1,70/kg; maior valor em setembro: R$2,00/kg).
Dessa forma alcançou no mês preço médio muito próximo de R$1,93/kg, valor que além de estar 19,26% acima da média de quase R$1,62/kg registrada no mês anterior, agosto, também correspondeu a um aumento de mais de 40% sobre o mesmo mês do ano passado, setembro de 2009.
Mas que ninguém se engane com os resultados alcançados. Por, pelo menos, três razões diferentes. A primeira é que a variação anual de 40,52% só ocorreu porque, na entressafra da carne deste ano, o mercado do frango vivo experimenta situação opos ta à do ano passado. Assim, enquanto o melhor preço de 2010 foi registrado exatamente em setembro (valorizando-se quase 18% em relação à média alcançada em dezembro/09), há um ano, no mesmo mês, o frango vivo tinha seu pior resultado de 2009 (desvalorização de mais de 15% em relação a dezembro/08).
A segunda razão para que não se encare com euforia os resultados de setembro de 2010 está no fato de eles terem sido bons apenas na aparência. É verdade que em nenhum momento anterior foi alcançada a cotação de R$2,00/kg, que prevaleceu por exatas duas semanas de setembro. Mas a média mensal, de aproximadamente, R$1,93/kg não tem nada de excepcional. Continua aquém da alcançada há mais de dois anos, em agosto de 2008, ocasião em que o frango vivo obteve, no mês, preço médio de R$1,94/kg.
Mas a terceira e talvez mais decisiva razão para que ninguém se engane com os resultados de setembro – que, até pelo contrário, devem ser encarados com relativa preocupação – advém da const atação de que nem mesmo a valorização experimentada no mês foi suficiente para cobrir a elevação de custos da principal matéria-prima do setor, o milho – cujos preços tendem a continuar ascendentes pelo restante do ano e 2011 a dentro.
Em outras palavras, enquanto, de um lado, são pequenas as chances de, doravante, o preço pago pelo frango (vivo ou abatido) ir muito além dos patamares atuais, de outro lado sua produção deve receber forte e crescente pressão de custo de sua matéria-prima base. É uma perspectiva que precisa ser convenientemente avaliada. (Avisite)
SP R$2,00
CE R$2,40
MG R$2,00
GO R$1,95
MS R$1,65
PR R$1,80
SC R$1,55
RS R$1,75
Ovos
Ao contrário do ocorrido em setembro de 2009 – quando fechou o mês com um preço 21% inferior à cotação de abertura – o ovo encerrou o nono mês de 2010 com pequena valorização em relação aos preços iniciais do período. Mas isso não reflete toda a realidade do mercado em setembro, já que no decorrer da primeira quinzena o produto obteve ganhos de mais de 10%.
Em função, principalmente, desse ganho, foi obtido no mês valor médio quase 9,5% superior ao do mesmo mês do ano passado, ao mesmo tempo em que praticamente se repetiu o valor médio do mês anterior, agosto de 2010 (desvalorização de apenas 0,2%).
Esta desvalorização, note-se, não tem nada de estranho, pois corresponde ao comportamento habitual do setor – preço médio de setembro habitualmente inferior ao alcançado em agosto, fato atribuído a um aumento de produtividade em decorrência da maior luminosidade diária do período. Mas ainda que isso seja verdadeiro, desta vez o recuo de preços foi infinitamente menor que o registrado na média histórica – nos últimos 11 anos, redução de quase 10% de agosto para setembro.
Em função disso, os preços alcançados pelo ovo no decorrer do terceiro trimestre de 2010 apresentaram estabilidade raras vezes vista no setor. Assim, por exemplo, enquanto no primeiro trimestre de 2010 a variação entre preço mínimo e máximo foi de 29%, no trimestre passado ficou em 2%, com os preços médios estáveis e não ultrapassando a faixa dos R$37,00/caixa.
Preocupante, a esta altura, é constatar que o preço médio recebido pelo produtor nos primeiros três quartos do ano continua quase 1,5% aquém do valor médio registrado em 2009, além de corresponder ao menor valor dos últimos quatro anos. Como faltam apenas três meses para o encerramento de 2010, parece inevitável o setor fechar o exercício com preços negativos pelo segundo ano consecutivo.
Porém, mais preocupante ainda é o fato de, novamente, os custos de produção do setor – especialmente sua matéria-prima básica, o milho – caminharem com uma velocidade que os preços recebidos não conseguem acompanhar. Não que se preveja uma nova crise, mas no atual passo, o produtor corre o risco de perder grande parte do seu poder aquisitivo. Para impedir que isso se concretize, é essencial acompanhar atentamente o comportamento do mercado. Nas circunstâncias, qualquer desbalanceamento entre oferta e procura pode ser fatal para o produtor. (Avisite)
Ovos brancos
SP R$35,00
RJ R$37,00
MG R$37,00
Ovos vermelhos
RJ R$38,00
SP R$37,00
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 93,97, com a variação em relação ao dia anterior de -0,13%. A variação registrada no mês de Novembro é de -0,13%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 55,97, com a variação em relação ao dia anterior de 0,65% e com a variação de 0,65% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$87,00
Goiânia GO R$90,00
Dourados MS R$88,00
C. Grande MS R$88,00
Três Lagoas MS R$89,00
Cuiabá MT R$87,00
Marabá PA R$84,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 42,5. O mercado apresentou uma variação de -0,98% em relação ao dia anterior. O mês de Novembro apresentou uma variação de -0,98%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 25,31, com a variação em relação ao dia anterior de -0,24%, e com a variação de -0,24% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$45,50
Goiás – GO (média estadual) R$44,00
Mato Grosso (média estadual) R$42,50
Paraná (média estadual) R$43,50
São Paulo (média estadual) R$45,00
Santa Catarina (média estadual) R$41,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$43,00
Minas Gerais (média estadual) R$44,00
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 24,29 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,79% em relação ao dia anterior e de -0,79% no acumulado do mês de Novembro.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 14,47, com uma variação de -0,02% em relação ao dia anterior, e com a variação de -0,02% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$21,00
Minas Gerais (média estadual) R$25,00
Mato Grosso (média estadual) R$16,00
M. Grosso Sul (média estadual) R$19,00
Paraná (média estadual) R$24,00
São Paulo (média estadual) R$24,29
Rio G. do Sul (média estadual) R$27,00
Santa Catarina (média estadual) R$25,00