Análise de Mercado – 25 de Outubro
Suíno vivo
O expressivo aumento dos preços da carne bovina verificado desde setembro tem elevado a demanda de cortes de aves e suínos. Diante desse cenário os consumidores vêm substituindo a carne vermelha, mesmo com o pequeno aumento de preços da carne de frango e suínos ocorrido pela valorização do milho. Dados analisados pelo consultor de mercado Osler Desouzart mostram que o preço pago ao produtor pela arroba do suíno vivo no mercado de São Paulo neste período subiu 20%. Em junho, a arroba ficou, em média, a R$ 48,53. Subiu em julho, em agosto, em setembro e está agora em torno de R$ 60.
Essa semana a bolsa de suínos de comercializou 13.910 suínos com preços variando entre R$ 62,00 a R$ 64,00 a @ o equivalente a R$ 3,36 e R$ 3,41 o quilo do suíno vivo respectivamente. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), a alta dos preços ajudou a recuperar a rentabilidade do produtor, apesar do aumento do c usto com alimentação dos animais. O mercado atual da suinocultura brasileira também foi analisado pelo diretor de mercado da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Machado, na última bolsa de suínos realizada em Belo Horizonte na sede da ASEMG.
Segundo o diretor, 2010 tem sido um ano bom para o mercado de suínos, com oferta ajustada a demanda, e que os produtores devem pensar sim em crescimento, mas de forma gradativa e cautelosa. Para 2012, considera o cenário será ainda mais favorável, já sinalizando para um crescimento do número de matrizes no Brasil, e pode-se também falar em aumento de consumo, considerando as ações desenvolvidas pela entidades representativas do setor que já demonstram resultados positivos, como o PNDS (Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura). A previsão de queda da informalidade também é outro ponto positivo para os próximos anos. Para o mercado mineiro, as expectativas são otimista s, com crescimento no número de matrizes em cerca de 6%. Durante o encontro, os produtores de Minas discutiram o mercado atual e fizeram suas projeções, estimando que das 230 mil matrizes em 2010, cheguem a 235 mil em 2011 e cerca de 245 mil em 2012, mostrando que Minas Gerais trabalha à frente do mercado, ajustando sua demanda e fomentando o setor. Atualmente o Estado produz cerca de 400 mil toneladas/ano, esperando abater cerca de 20 mil animais/dia até 2012. Ainda durante a bolsa foi discutido o preço de comercialização do suíno vivo que apresentou estabilidade nesta semana, segundo a Associação de Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG), fechando o preço de venda do quilo em R$ 3,40. Já os criadores de Santa Catarina estão otimistas com a abertura à carne suína do estado no acordo firmado entre os Estados Unidos e o Brasil, ainda que entrada de carnes brasileiras nos EUA aconteça apenas em novembro.
Segundo o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, “a abertura do mercado norte-americano não deve representar aumento de exportações, pois a competitividade da suinocultura local é equivalente. Representa, porém, importante chancela técnica da sanidade do estado de Santa Catarina, o que deverá trazer reflexos internacionais positivos”. Segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o mercado não sofreu alterações e se manteve nos mesmos patamares da semana anterior, com quilo do suíno vivo sendo comercializado a R$ 2,80. Já no Rio Grande do Sul, houve alterações no valor de comercialização do quilo do suíno vivo apresentado na semana anterior, passando para R$ 2,93, segundo informou a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).
“A alta do preço da carne bovina também está fazendo este diferencial no mercado interno de hoje, pois o consumidor acaba escolhendo uma carne mais acessível de preço e que tenha sabor e qualidade e assim, consome mais a carne suína”. Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS .
“Este é o período de melhor venda de suínos. Nós viemos de um período de um custo de produção muito favorecido pelo milho, que realmente deu uma subida. O que era absolutamente esperado e desejável, porque senão o produtor de milho se desinteressa na continuidade da produção, e nós precisamos de milho todos os anos, o ano todo.” Rubens Valentini, diretor de mercado da ABCS.
“Estamos entrando num período estratégico para o mercado de carne suína do país. Mudança de temperatura e o segundo semestre avançando fazem o período tradicionalmente positivo para o setor. Todas as carnes estão bem valorizadas no Brasil e muitos especialistas acreditam que a tendência é continuar assim”. Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.
Cotações Máximas: SP (R$ 3,41), PR (R$ 3,15), SC (R$ 2,80), GO (R$ 3,40), RS (R$ 2,98), MG (R$ 3,40), DF (R$ 3,30), MS (R$ 2,75), MT (R$ 2,80), CE (R$ 4,06). (ABCS/Suino.com)
GO R$3,40
MG R$3,40
SP R$3,41
RS R$2,94
SC R$2,90
PR R$3,15
MS R$2,25
MT R$2,70
Frango vivo
Recentemente, o AviSite afirmou que o volume de carne de frango produzido em maio de 2010 (1,025 milhão de toneladas) representa novo recorde na produção do setor. A afirmação, no entanto, corresponde a uma meia verdade, já que um outro recorde permanece imbatível há dois anos.
Ainda não se dispõem dos dados de produção posteriores a julho de 2010. Assim, em valores nominais, a produção alcançada em maio se mantém, por ora, como a maior já registrada pela avicultura.
Mas quando os valores mensais são avaliados sob o ângulo da oferta média diária (dado que corresponde à produção real e não apenas nominal) constata-se que o máximo volume até agora produzido foi registrado em novembro de 2008 – 998.586 toneladas, segundo os dados da APINCO.
A variação, neste caso, não chega a ser muito significativa (volume real produzido em novembro de 2008 foi cerca de 2,5% maior que o de maio de 2010). Aind a assim, aquele recorde ainda não foi superado. (Avisite)
Frango vivo
SP R$1,80
CE R$2,30
MG R$1,80
GO R$1,85
MS R$1,60
PR R$1,70
SC R$1,60
RS R$1,70
Ovos
Antecipadamente desta vez, o final de mês vai fazendo estragos gerais na avicultura. Por exemplo, atingiu também o ovo, cujos preços recebidos também começaram a refluir, como aconteceu com o frango.
Ainda não se chegou lá. Mas a tendência é a de – nos poucos dias que faltam para o fechamento do mês – enfrentarem-se cotações iguais ou até inferiores às registradas no início de outubro. A menos que o setor produtivo adote medidas imediatas e, descartando poedeiras mais velhas, procure adequar a produção ao consumo recessivo desta época do mês.
Observando o gráfico abaixo, alguém, desavisado, pode concluir que, apesar dos pesares, a situação não está tão ruim, pois o preço médio de outubro se encontra cerca de 27% acima da média registrada no mesmo mês de 2009.
Neste caso é bom esclarecer que há um ano o ovo obteve o segundo pior preço de 2009 (mais baixo que o de outubro, só o do mês seguinte, novembro). E, pa ra encurtar a conversa, basta dizer que a média atual ainda é inferior à registrada dois anos atrás, em outubro de 2008. (Avisite)
Ovos brancos
SP R$35,00
RJ R$36,00
MG R$36,00
Ovos vermelhos
RJ R$38,00
SP R$37,00
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 104,33 com a variação em relação ao dia anterior de 1,39%. A variação registrada no mês de Outubro é de 10,88%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 61,16, com a variação em relação ao dia anterior de 0,74% e com a variação de 9,98% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$91,00
Goiânia GO R$95,00
Dourados MS R$92,00
C. Grande MS R$95,00
Três Lagoas MS R$90,00
Cuiabá MT R$90,00
Marabá PA R$85,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 46,63. O mercado apresentou uma variação de -0,13% em relação ao dia anterior. O mês de Outubro apresentou uma variação de 8,64%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 27,33, com a variação em relação ao dia anterior de -0,8%, e com a variação de 7,73% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$47,00
Goiás – GO (média estadual) R$46,00
Mato Grosso (média estadual) R$45,00
Paraná (média estadual) R$46,63
São Paulo (média estadual) R$48,00
Santa Catarina (média estadual) R$45,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$47,00
Minas Gerais (média estadual) R$46,00
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 25,73 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,4% em relação ao dia anterior e de 5,09% no acumulado do mês de Outubro.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 15,08, com uma variação de -0,24% em relação ao dia anterior, e com a variação de 4,23% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$20,00
Minas Gerais (média estadual) R$22,50
Mato Grosso (média estadual) R$16,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$19,50
Paraná (média estadual) R$23,50
São Paulo (média estadual) R$25,73
Rio G. do Sul (média estadual) R$27,50
Santa Catarina (média estadual) R$26,50