Análise de Mercado – 23 de Novembro
Suíno vivo
As cotações do suíno vivo e da carne seguiram em alta em outubro na maioria das praças
acompanhadas pelo Cepea, animando produtores.
Agentes colaboradores do Cepea comentam que tais elevações devem-se, principalmente, à oferta enxuta de animais e ao bom momento no mercado de carnes, devido ao forte encarecimento do boi.
Assim, nem mesmo a queda no volume exportado de carne suína evitou que os preços no final de outubro fossem maiores que aqueles observados em
30 de setembro.
No acumulado do mês (entre 30 de setembro e 29 de outubro), o Indicador do suíno vivo do CEPEA/ESALQ de Minas Gerais teve alta 6,5% e o do estado de São Paulo, de 8,4%, fechando a R$ 3,43/kg e a R$ 3,28/kg, respectivamente, no último dia de outubro.
No mesmo período, as carcaças comum eespecial tiveram valorização de 6,2% e de 7,8%, no atacado de São Paulo, comercializadas a R$ 4,92/kg e a R$ 5,19 /kg, respectivamente, em 29 de outubro.
De modo geral, no segundo semestre, a produção de suínos tem seguido bem ajustada em
relação à demanda. O preço competitivo da carne no atacado, pelo menos frente ao da carne bovina, tem acelerado as vendas e, em pleno mês de outubro, alguns
frigoríficos apontam não terem conseguido montar estoques para o fim-de-ano.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que a tonelada da carne suína exportada vem valorizando paulatinamente nos últimos meses, mais do
que compensando as perdas com a valorização do Real.
Em outubro, o preço médio da carne suína in natura exportada foi de US$ 2.680,20/t, valor 4,8% maior que o de setembro. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento é de expressivos 24,6% – no mesmo período, a valorização cambial foi de apenas 3,1%.
Apesar dos preços externos atrativos, as cotações
do mercado brasileiro também têm subido, o que tem limitado os embarques. E nquanto o quilo da carne exportada em outubro teve média de R$ 4,51/kg, as carcaças comum e especial, negociadas no atacado da Grande São Paulo, tiveram cotação média de R$ 4,71/kg e de R$ 5,01, respectivamente.
No acumulado de outubro, foram embarcadas 42,3 mil toneladas de carne suína in natura, volume 5,2% menor que o de setembro e 24,5% inferior ao de out/09.
Quanto à receita do mês, de US$ 113,5 milhões, permaneceu estável frente à de setembro, mas com recuo de 5,8% em relação a outubro/09 – dados da Secex. (Cepea/Suino.com)
GO R$3,60
MG R$3,60
SP R$3,84
RS R$3,10
SC R$3,10
PR R$3,20
MS R$2,90
MT R$2,75
Frango vivo
Procurando deixar claro que os preços do frango vivo vêm sendo “puxados” por fatores extrínsecos ao próprio setor, a avicultura e analistas de mercado têm se servido de dois argumentos para justificar o incremento anual de (cerca de) 20% na cotação do produto: a evolução do preço do boi e da carne bovina ou, então, a elevação dos preços do milho, principal fator de custo do frango.
A primeira justificativa tem como base o velho adágio “onde o boi vai, o frango vai atrás” e tem por princípio o fato de que, historicamente, o boi é o principal formador de preços das carnes. Assim, se nos últimos 365 dias o boi em pé valorizou-se cerca de 56% (R$76,00/@ em meados de novembro de 2009; R$119,00/@ na última sexta-feira, 19), nada mais lógico que o frango tenha merecido no mesmo período um incremento de preços no momento próximo de 20% (R$1,60/kg em 21 de novembro de 2009; R$1,90/kg atualmente).
Mas há também quem mencione que a recente evolução de preços do frango está direta e particularmente atrelada à evolução de seu principal fator de custo, o milho. E uma vez que, em um ano, o grão apresentou variação da ordem de 50% (R$19,50/saca no final de novembro de 2009; atualmente, R$29,30/saca, em média), é absolutamente imprescindível que os preços do frango acompanhem os custos, sem o que a já baixa rentabilidade do produto se tornará negativa.
Mas se um ou ambos os fatores explicam (e justificam) a alta do frango, porque então as cotações do produto apenas repetem, com variação quase linear (gráfico abaixo), o mesmo comportamento observado um ano atrás, nesta mesma ocasião? Mais: por que essa repetição se, há um ano, os dois fatores atuais não estavam presentes?
Aceitando-se que preço do boi e/ou do milho determina o preço do frango, seria de se supor que no decorrer do tempo todos os preços evoluíssem concomitantemente. Mas nos últimos dois anos observa-se variação de 22% para o boi, de 45% para o milho e de apenas 9% (ou seja, menos que a inflação) para o frango.
Ou seja: os argumentos de que o frango nada mais faz que acompanhar a evolução de preços de seu insumo-chave ou, então, de que aumenta conforme evolui o preço da principal proteína animal parecem não ter fundamento. Pois a experiência demonstra que o produto apenas “imita” o ocorrido há um ano. Tanto que, comparados os preços correntes nas últimas cinco quartas-feiras (20 e 27 de outubro; 2, 10 e 17 de novembro), a diferença de preços em relação ao mesmo dia do ano passado fica em exatos 30 centavos.
Dito de outra forma isso significa que enquanto de 1º de outubro até 19 de novembro boi e milho registraram aumento de, respectivamente, 20% e 25%, o que se fez com o frango foi simplesmente adicionar linearmente (para facilitar?) um valor praticamente fixo sobre o que foi pago no mesmo dia do ano passado.
Parece, pois, que a possível influência do boi ou do milho sob re os preços do setor não passa de “conversa pra boi dormir”. (Avisite)
SP R$1,90
CE R$2,30
MG R$1,95
GO R$1,80
MS R$1,70
PR R$1,80
SC R$1,70
RS R$1,80
Ovos
Em uma semana decisiva para o mercado, os preços seguem estáveis. Mas como os especuladores estão de olho nesta semana, que tradicionalmente é fraca nas vendas, enxergam uma grande oportunidade para boas quedas nos preços e com isto segurar uma explosão nos preços com a entrada de Dezembro.
Espera-se que os produtores, sempre sábios, façam negociações inteligentes para esta semana. (Com Informações do Mercado do Ovo)
Ovos brancos
SP R$37,00
RJ R$38,00
MG R$38,00
Ovos vermelhos
MG R$40,00
RJ R$40,00
SP R$39,00
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 113,10 com a variação em relação ao dia anterior de 2,33%. A variação registrada no mês de Novembro é de -0,02%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 65,45, com a variação em relação ao dia anterior de 1,74% e com a variação de -1,52% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$105,00
Goiânia GO R$104,50
Dourados MS R$104,00
C. Grande MS R$105,00
Três Lagoas MS R$105,00
Cuiabá MT R$103,00
Marabá PA R$100,00
Belo Horiz. MG R$110,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 48,56. O mercado apresentou uma variação de 0,68% em relação ao dia anterior. O mês de Novembro apresentou uma variação de 2,45%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 28,1, com a variação em relação ao dia anterior de 0,11%, e com a variação de 0,9% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$48,50
Goiás – GO (média estadual) R$45,00
Mato Grosso (média estadual) R$48,00
Paraná (média estadual) R$48,56
São Paulo (média estadual) R$50,50
Santa Catarina (média estadual) R$47,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$47,50
Minas Gerais (média estadual) R$49,00
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 28,59 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,89% em relação ao dia anterior e de 6,86% no acumulado do mês de Novembro.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 16,55, com uma variação de -1,46% em relação ao dia anterior, e com a variação de 5,25% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$22,50
Minas Gerais (média estadual) R$27,00
Mato Grosso (média estadual) R$19,00
M. Grosso Sul (média estadual) R$22,00
Paraná (média estadual) R$26,00
São Paulo (média estadual) R$28,59
Rio G. do Sul (média estadual) R$28,00
Santa Catarina (média estadual) R$28,00