O mercado de suínos na última semana do mês de junho se manteve estável, com preço de comercialização apresentando pequenas alterações. Em alguns estados, a oferta está sendo considerada excedente e a demanda está abaixo do esperado, o que vem ocasionando queda no preço do suíno vivo em boa parte das regiões produtoras.
Em São Paulo, o comércio está acontecendo em volumes menores que no mês maio e alguns frigoríficos locais têm produzido abaixo de sua capacidade. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), houve comercialização de 8.810 suínos, com preços variando entre R$ 49,00/@ à R$ 49,50/@ o equivalente a R$ 2,62 e R$ 2,64 o quilo do suíno vivo, respectivamente. Segundo a associação, no mercado regional foram registrados negócios em R$ 50,00/@.
Já em Minas Gerais, o mercado deve se manter estabilizado, com oferta e demanda bastante equilibrados. Para a Associação de Suinocultores do Estado de Minas de Gerais (Asemg), a cotação deverá permanecer nos mesmos patamares das semanas anteriores, com o preço do quilo do suíno vivo a R$ 2,80, que se mantém por mais de 10 semanas. O mesmo se repete em Goiás, onde o mercado apresenta consumo estável e as cotações sem perspectivas de alta, com o quilo do suíno vivo sendo comercializado a R$ 2,80, segundo a Associação Goiana de Suinocultores (AGS).
O Paraná apresentou alterações positivas na cotação do suíno vivo, que está sendo comercializado em até R$ 2,30, um aumento de R$ 0,10 a mais que na semana anterior. Segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) os produtores da região oeste e sudoeste do estado comercializaram essa semana a R$ 2,10 o quilo do suíno vivo. A expectativa ainda é uma mudança de consumo, que tende a aumentar com o período do inverno.
Em Santa Catarina, o momento é de estabilidade nas cotações, com o quilo do suíno vivo sendo comercializado entre R$ 2,15 a R$ 2,20. Para a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), a expectativa é de sustentação dos preços para as próximas semanas. Já no Rio Grande do Sul, o valor máximo atingido na venda do quilo do suíno vivo foi de R$ 2,31, com mínima do valor pago ao produtor chegando a R$ 2,14, segundo informações da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
Declarações
“Os valores apresentados essa semana sinalizam mercado estável, entretanto, observamos uma oferta de animais vivos bastante ajustados a demanda. Fato esse, que poderá influenciar em reajuste para a próxima semana, em virtude da possibilidade de crescimento no consumo”.
O mercado em Minas está bastante favorável, com tendência de alta para a primeira semana de julho, essa é a expectativa dos produtores da região. Aguardamos também a elevação dos preços e a reação de mercado nos estados do Sul e em SP, que automaticamente elevará o preço pago ao produtor daqui.
Arnaldo Carneiro, conselheiro de mercado da Associação de Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap)
No Mato Grosso, o mercado se mantém firme, com média de R$2,15 o quilo do suíno vivo. Segundo os produtores associados, não há animal em excesso no mercado, o que tem feito os suinocultores aumentarem um pouco mais o peso dos animais, que chegam a pesar 10kg a mais que no mês anterior.
Custódio Rodrigues de Castro Jr., secretário-executivo da Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat)
Cotações Máx
SP R$ 2,64
PR R$ 2,20
SC R$ 2,20
GO R$ 2,80
RS R$ 2,31