Reunião da Câmara Setorial de Aves, Suínos, Milho e Sorgo, realizada nesta terça-feira (03/03), na sede da UBA |
Da Redação 04/03/2005 – O presidente da Câmara Setorial de Aves, Suínos, Milho e Sorgo, Dilvo Grolli, conduziu a primeira reunião da entidade em 2005 nesta terça-feira (03/03), na sede da União Brasileira de Avicultura (UBA),
Em pauta, estiveram assuntos como acompanhamento da cultura de milho e sorgo no Brasil e exterior (preços, estoques, oferta e demanda, cenários etc.), apresentado por Eduardo de Carvalho Pinto, da Bunge do Brasil; situação da avicultura familiar (de subsistência) no Brasil, abordada pela professora Maria Socorro dos Santos Silva (UFCE); proposta da Embrapa Suínos e Aves para a carcaterização e estudo econômico da cadeia produtiva de suínos, explanada por Marcelo Miele; e barreiras sanitárias, sugestões e encaminhamentos constantes do Relatório Anual de 2004 da Câmara Setorial, apresentada pelo diretor de Programas Sanitários da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, entre outros temas gerais.
Zoé Silveira dAvila (UBA), Inácio Kroetz (SDA), Dilvo Grolli e Cláudio Bellaver (Embrapa Suínos e Aves) |
durante o encontro, o vice-presidente Técnico-Científico da UBA, Ariel Antonio Mendes, sugeriu que o setor brasileiro poderia utilizar, em parceira com o Ministério da Agricultura, recursos da FAO para programas de vacinação, principalmente contra a doença de Newcastle. “Esses recursos nos ajudariam a controlar de forma mais efetiva a produção familar, ou seja, aquelas pequenas produções de aves para subsistência”, disse. Mendes também alertou aos presentes que a indústria farmacêutica animal já sinalizou positivamente para a produção de vacinas em fracos menores, com menos doses. “Para estes casos, de avicultura familiar, os laboratórios poderiam comercializar vacinas em frascos de 50, 100, ou 200 doses, dependendo da demanda”. Pablo Mashall, da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne de Frango (Abef), sugeriu ainda que os recursos da FAO poderiam ser aplicados no Programa de Educação Sanitária do Mapa.
Para a suinocultura, o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Marcelo Miele, apresentou a proposta de elaboração da característica e de um estudo econômico para a produção de suínos no Brasil. Segundo ele, já no mês de maio a Embrapa terá os primeiros relatórios sobre o perfil e os custos da atividade. A proposta e o trabalho da Embrapa foram elogiados pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), José Adão Braun, que colocou a entidade à disposição do pesquisador. Braun ressaltou também que a suinocultura brasileira vive um momento bom, apesar dos reflexos deste recente embargo russo. “O setor já está recuperado daquela devastadora `Guerra dos 18 Meses` pela qual passou em 2001 e
Dilvo Grolli, presidente da Câmara, conduziu a reunião com pulso e objetividade. “Esta é a terceria reunião que eu presido e, particularmente, a de hoje foi muito boa”, disse. “Tivemos a presença de todos os segmentos das cadeias envolvidas e de convidados especiais, que fizeram ótimas apresentações em nosso encontro”. Grolli agora aguarda a elaboração de um relatório geral sobre as atividades da Câmara e de seus segmentos para enviá-la, com algumas solicitações, ao Ministério da Agricultura. A próxima reunião da Câmara Setorial de Aves, Suínos, Milho e Sorgo será no dia 11 de maio, em Florianópolis (SC), junto à AveSui 2005 – Feira da Indústria Latino-Americana de Aves e Suínos.
Palestra da professora Maria Socorro dos Santos Silva, sobre avicultura familiar |
Vários assuntos estiveram em pauta nesta primeira reunião de 2005 da Câmara Setorial |