Da Redação 29/07/2005 – As vendas líquidas globais da Bunge somaram US$ 11,323 bilhões no primeiro semestre deste ano, 8,7% menos que em igual período de 2004 (US$ 12,396 bilhões), segundo resultados reportados ontem (dia 28) pela multinacional com sede em White Plains, Nova York. O lucro líquido do grupo, em contrapartida, aumentou 15,9% na mesma comparação, para US$ 211 milhões. No segundo trimestre, as vendas líquidas da companhia atingiram US$ 5,872 bilhões, 11,8% menos que entre abril e junho do ano passado, enquanto o lucro líquido global subiu 0,9%, para US$ 113 milhões.
Apesar da queda das vendas, Alberto Weisser, chairman e Chief Executive Officer (CEO) do grupo, mostrou-se satisfeito com o desempenho trimestral, especialmente porque, segundo ele, a performance em igual intervalo de 2004 foi “extraordinária”. “Resultados melhores do que os esperados nas áreas de agribusiness e alimentos balancearam o fraco desempenho dos negócios de fertilizantes no Brasil”, disse Weisser em comunicado. Ele lembrou que a referida queda no mercado brasileiro foi provocada pela quebra da produção de soja do país, em virtude da estiagem no Sul, e da redução do plantio de milho safrinha.
No primeiro semestre, as vendas da divisão Agribusiness caíram 6,8%, para US$ 8,556 bilhões, enquanto em Fertilizantes houve retração de 6,3%, para US$ 834 milhões. Na divisão de Óleos Comestíveis, o tombo foi de 20,1%, para 1,525 bilhão, ao passo que na área que engloba as operações de trigo houve crescimento de 3%, para US$ 408 milhões.
O executivo destacou que a Bunge continua desenvolvendo seus projetos de expansão. Na Argentina, ele afirmou que a empresa iniciou embarques na nova operação no porto de Ramallo, no norte de Buenos Aires, e iniciou o esmagamento na ampliada joint venture T6 Industrial, que tem capacidade para 19 mil toneladas diárias. Na China, por sua vez, foi anunciada a compra de uma esmagadora de soja e de uma refinaria no porto de Rizhao, na Província de Shandong – grande mercado para farelo e óleo, segundo Weisser.