Redação SI (17/01/06) – Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Segundo a entidade, as indústrias brasileiras exportaram no ano passado 625.075 toneladas de carne suína para cerca de 70 países, volume 22,62% superior ao embarcado em 2004.
Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, diz que “os números positivos decorrem principalmente da estratégia de aumento da participação do segmento de cortes nas vendas para o exterior, com produtos de maior valor agregado; aliada à política comercial das empresas associadas. Atualmente, o Brasil é o quarto no ranking mundial de produtores e exportadores de carne suína”.
Na opinião de Camargo Neto, o resultado poderia ter sido melhor se o País não tivesse sofrido a interferência de fatores do mercado interno, como o surgimento de focos de febre aftosa, a greve dos ficais federais e a baixa cotação do dólar. “Os dois primeiros fatores tiveram influência negativa na quebra dos volumes exportados principalmente no último trimestre do ano”, diz ele.
O balanço da Abipecs mostra que o principal mercado consumidor da carne suína brasileira continua sendo a Rússia, que respondeu por 65% do volume total comercializado no exterior em 2005. O Brasil vendeu 404.739 toneladas para a Rússia no ano passado, um aumento de 40,47% em relação a 2004. A receita obtida apresentou um desempenho ainda melhor: registrou avanço de 79,24% na comparação com o ano anterior, passando de US$ 449 milhões para US$ 805 milhões.
Segundo a Abipecs, depois de dois anos de ligeira retração, a produção total de carne suína no Brasil registrou aumento de 3,35% na comparação de 2004 com 2005. A produção atingiu 2,708 milhões de toneladas no ano passado ante 2,620 milhões de toneladas em 2004. O consumo interno respondeu por 77% do total de carne suína produzida no País no ano passado (2.083 milhões de toneladas).