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Genetiporc acerta novas parcerias para elevar capacidade produtiva

A Genetiporc, empresa de genética de suínos, fechou duas novas parcerias e ampliou uma já existente, o que permitirá elevar sua capacidade produtiva de material genético no país em 140%.

Redação SI (06/02/06) – Com isso, a capacidade de reposição de matrizes suínas da empresa, que hoje é de 100 mil animais, deverá alcançar 240 mil até 2008.

A empresa, de capital canadense e brasileiro, já tem parceria com a Ideal Porc, no município de Nova Mutum (MT), e agora está fechando acordo com a Cooperativa Agrícola Mista General Osório (Cotribá), de Ibirubá (RS), e com o produtor José Geraldo Ferreira, de Tombos (MG).

Na parceria com a Cotribá, a Genetiporc, que tem também granja própria em Matelândia (PR), vai fornecer 350 bisavós, explica Luciano Oliveira Ferreira, gerente de negócios da empresa. Para o projeto de Tombos, a companhia fornecerá 500 avós. Além disso, a Ideal Porc receberá outras 1,5 mil avós.

Com 50% de capital nacional e 50% canadense, a Genetiporc comercializa bisavós, avós e matrizes suínas e fornece material genético para multiplicadores e integrações. As bisavós produzem as avós, que por sua vez produzem as matrizes, que são as mães dos suínos destinados ao abate.

O objetivo da empresa com as parcerias é ampliar sua participação no mercado de matrizes suínas no Brasil. “Hoje nosso ”market share” é de 6% em um mercado de 1,5 milhão de matrizes. Queremos ampliar a participação em dois pontos percentuais por ano”, afirma Ferreira. A líder deste segmento no Brasil é a Agroceres PIC.

As novas parcerias da Genetiporc não implicam investimentos diretos, de acordo com Ferreira. Ele explica que as bisavós e as avós são fornecidas aos parceiros com um custo mais baixo. Entretanto, isso é recuperado na venda das avós e matrizes e a Genetiporc não precisa fazer investimento em novas granjas.

O gerente de negócios da companhia diz que as novas parcerias trarão vantagens logísticas e devem reduzir custos de frete. A Cotribá, por exemplo, está na região Sul do país, que responde por 65% da produção nacional de suínos. Além disso, o status sanitário da região também contribuiu para a decisão da Genetiporc, de acordo com Ferreira. Ele afirma que o Sul é livre de doenças que podem provocar perdas econômicas na suinocultura, como a pneumonia exótica.

Com faturamento de R$ 8 milhões em 2005, a Genetiporc prevê aumento de 5% nas vendas de material genético este ano. Contudo, a expectativa é que o preço dos animais de reprodução diminua 10%, já que as cotações são indexadas pelo mercado de suíno vivo, que está em queda.