Redação (22/08/07) – O Ministério da Agricultura brasileiro pedirá à OIE que ””devolva”” aos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, que tiveram casos de febre aftosa há quase dois anos, o status de livre de febre aftosa com vacinação.A expectativa é de que a solicitação seja avaliada na próxima reunião do comitê científico do órgão, em setembro que vem, segundo Gustavo Fanaya, assessor econômico da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
De acordo com a Abrafrigo, na última quinta-feira, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura Inácio Kroetz comunicou à entidade que os exames de sorologia do Mato Grosso do Sul estão sendo concluídos e devem ser enviados à OIE até o fim de agosto.
Com o ressurgimento da doença nos dois Estados em outubro de 2005, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Tocantins também ficaram com o status sanitário suspenso perante à OIE. Isso significa que uma decisão positiva do comitê científico do órgão em relação ao pedido brasileiro, em setembro, beneficiaria todos esses Estados.
Gustavo Fanaya reconhece que a perspectiva de recuperar já na próxima reunião do comitê científico da OIE, em setembro, a condição de livre de aftosa com vacinação é de 50%. O motivo é o tempo pequeno para que a OIE avalie a sorologia do Mato Grosso do Sul antes da reunião de setembro. Ele acredita que existe a possibilidade de o órgão pedir novas informações ao Brasil. Mesmo assim acredita que a OIE possa se manifestar até o fim do ano sobre o pedido brasileiro.
Com a "devolução" do status sanitário pela Organização Internacional de Saúde Animal, países que embargaram a carne bovina desses Estados por causa da aftosa podem rever seus embargos, espera Fanaya.
São Paulo, por exemplo, que não teve aftosa, sofre o embargo da União Européia por fazer divisa com os dois Estados que tiveram a doença. Já Paraná e Mato Grosso sofrem embargo da UE e de mais 25 países, segundo Fanaya.