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A indústria do avestruz no Brasil

O País possui cerca de 2.500 criadores e um plantel de 450 mil aves, o segundo maior do mundo.

Redação (11/02/2008)- A cadeia produtiva do avestruz no Brasil está estabelecida há 12 anos e encontra-se em franca fase de industrialização e conquista da comercialização de seus produtos. O consumo de sua carne vem crescendo significativamente pelo mercado brasileiro.

No Brasil, deveremos terminar 2007 com algo em torno de 2.500 criadores e um plantel aproximado de 450 mil aves, o segundo maior plantel mundial, atrás apenas do rebanho da África do Sul.

Em 2006, foram abatidas 14.306 aves nos mais de 20 frigoríficos habilitados ao abate de avestruzes, distribuídos por todo o País, totalizando cerca de 430 toneladas da carne e resultando numa média per capita de 0,002 kg/ano. Este índice é ainda muito pequeno e deverá crescer muito para os próximos anos, quando a Associação dos Criadores de Avestruzes do Brasil (Acab), junto com as 13 associações regionais e cooperativas do setor, irá realizar uma forte campanha nacional para divulgação e promoção do consumo da carne de avestruz no País.

Para 2007, estudos já levantados pela Acab, projetam uma produção de aproximadamente 1.000 toneladas, ou seja, um total de abates entre 32 mil e 35 mil aves, o que significa dizer, caso as produções mundiais dos demais players não sofram grandes alterações em relação ao ano passado, que o Brasil ocupará a terceira posição no ranking industrial de abates, ficando o atrás da África do Sul (1ª) e da China (2ª).

 

Exportações

Com relação à exportação, a previsão da Acab é de que o setor estrutiocultor brasileiro inicie suas exportações apenas em 2008, quando então, o avestruz já estará inserido no Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), do Ministério da Agricultura e que, atualmente, é uma barreira sanitária para entrada no mercado europeu, principal pólo mundial de consumo da carne de avestruz, que absorve entre 50% a 60 % de toda a carne da ave produzida no planeta.

Para esta inserção como player internacional, o Brasil contará com um parque fabril contendo três frigoríficos específicos para o abate de avestruzes e, ainda, mais quatro plantas mistas (bovino/avestruz), que estarão sendo habilitadas para a União Européia onde, em 2008, dados do setor industrial produtivo apontam para uma exportação potencial de 500 toneladas/ano.

A Acab é a associação representativa do setor estrutiocultor brasileiro e, há 11 anos, tem envidado esforços para garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva do avestruz no Brasil, além de contribuir efetivamente para a consolidação da estrutiocultura industrial no mundo.

 

*Luis Robson Muniz, presidente da Acab

**Artigo publicado na edição Anuário 2008 da Avicultura Industrial (1162)