Redação (29/02/2008)- A Organização das Nações Undas para Agricultura e Alimentação celebrará sua 30ª Conferência Regional para América Latina e Caribe em Brasília, de 14 a 18 de abril de 2008. O encontro é a principal instância de debate oficial entre os 33 países que integram a Organização na região e se divide em duas partes: o Comitê Técnico (dias 14 e 15) e a Sessão Plenária (dias 16 a 18).
O Diretor Geral da FAO, Jacques Diouf, participará da sessão plenária, na qual serão revisadas as ações da FAO nos últimos dois anos e os países-membros definirão as áreas prioritárias de trabalho para o próximo biénio.
A Conferência Regional oferece um fórum neutro aos Ministros da Agricultura, Pecuária, Segurança Alimentar, Meio Ambiente, Desenvolvimento Rural, Recursos Naturais e outros altos funcionários, especialistas e representantes da sociedade civil, para que possam analisar os desafios que a Região enfrenta.
Carlos Marx Carneiro, Secretário da Conferência Regional, informa que a partir dos documentos apresentados pela FAO, "se discutirá uma ampla gama de temas, com destaque para as oportunidades e desafios da bioenergia para a segurança alimentar e o meio ambiente da Região, o manejo e controle das doenças transfronteiriças, a ação conjunta entre atores públicos e privados no desenvolvimento rural e a reforma agrária".
Durante a Conferência também serão debatidas as atividades da FAO na Região em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e serão divulgados os informes da Comissão Florestal para América Latina e Caribe (COFLAC) e da Comissão de Desenvolvimento da Pecuária (CODEGALAC). Serão ainda analisadas as ações globais e emergenciais da Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome.
"Atualmente, talvez o principal tema para a FAO na América Latina e Caribe seja a alta dos preços dos alimentos. Temos que proteger a população vulnerável, mas ao mesmo tempo aproveitar a oportunidade que o aumento significa para os pequenos agricultores. O desafio é estimulá-los a produzir mais e melhor para consumo próprio e para venda, fortalecendo sua segurança alimentar e aumentando sua renda. Se tivermos sucesso, poderemos avançar na diminuição da extrema pobreza rural na Região, que afeta cerca de 36 milhões de pessoas no campo, um terço da população rural", afirmou o Representante Regional da FAO para América Latina e Caribe, José Graziano da Silva.