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Socopa diz que Perdigão é melhor

A compra da Eleva e a incorporação total da Batávia foram determinantes para a melhora no potencial de valorização da empresa.

Redação (18/03/2008)- A corretora Socopa revisou ontem as projeções para Perdigão S.A. A empresa considerou o grupo o melhor entre as empresas de alimentos, à frente da concorrente, Sadia. A compra da Eleva e a incorporação total da Batávia foram determinantes para a melhora no potencial de valorização da empresa. Segundo a Socopa, os papéis do grupo podem alcançar um preço teórico de R$ 59,60. Ontem, as ações eram avaliadas em R$ 42,17, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), alta de 0,9% em relação à sexta-feira.

De acordo com a corretora, a Perdigão vive um bom momento devido ao ganho que deve ter com a sinergia da Eleva – que reduz seus custos – , e à diversificação, que diminui seus riscos. Aliado a isso, a perspectiva da Socopa é que haverá uma forte demanda interna por carnes e industrializados nos próximos anos, assim como o segmento de lácteos tenha um bom desempenho. "A empresa está bem preparada para este aumento de demanda", disse um analista da corretora.

A Socopa projetou um crescimento médio de 13,11% para a receita líquida da empresa até 2012, quando deve alcançar R$ 16,8 bilhões – frente aos R$ 10,29 bilhões projetados para este ano. A corretora também projeta aumento de 14,67% no EBITDA, pois acredita "na melhora nas despesas operacionais em virtude da sinergia".

O levantamento da Socopa mostra que os "múltiplos" (fatores de avaliação) apresentam prêmio de 6% em relação a outras empresas do setor – considerando apenas as de carnes – e de 5,5% na comparação com a Sadia – quando o fator é EBITDA. Avaliando-se a partir do preço e lucro, o prêmio chega a 30% frente à Marfrig, JBS e Minerva e 16,75 para a concorrente direta (Sadia). As empresas lácteas, no entanto, apresentam múltiplos superiores e a expectativa da Socopa é que a Perdigão ganhe com o aumento da participação dos lácteos em sua receita.

De acordo com a corretora, os riscos da empresa referem-se às condições macroeconômicas do País, que impactam no consumo interno, além das barreiras sanitárias e da volatilidade dos grãos.