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Ministro do Desenvolvimento Agrário preside abertura de Conferência da FAO

O evento reúne representantes das 33 delegações dos países-membros até o próximo dia 18.

Redação (17/04/2008)- "Esta conferência acontece num país que tem feito, no âmbito geral, um esforço grande no sentido de crescer sem pobreza. Um país que voltou a crescer de maneira sustentável, a gerar emprego e distribuir renda, um país que tem se esforçado muito na produção de alimentos", defendeu o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, na abertura da 30ª Conferência Regional da FAO (Organizações das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) para a América Latina e Caribe, na manhã desta quarta-feira (16-04), em Brasília.

O ministro foi escolhido unanimemente pelos componentes da mesa para presidir a cerimônia de abertura, no Palácio Itamaraty. O evento reúne representantes das 33 delegações dos países-membros até o próximo dia 18.

"Esperamos poder dividir aqui a nossa experiência e, neste ambiente de debate franco, que possamos abrir novos caminhos para construir aquilo que queremos conquistar para uma América Latina e Caribe com crescimento econômico, com produção de alimentos e sem fome", acrescentou Cassel.

Para o ministro, esse trabalho teve início com o Programa Fome Zero, do Governo Federal, que colocou no centro da pauta o tema da segurança alimentar. "A partir daí, temos avançado no fortalecimento da agricultura familiar, na aposta em estimular políticas públicas permanentes para esse segmento, para que possam, além de fornecer alimentos, garantir trabalho e renda no meio rural", afirmou.

Estiveram presentes na abertura o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, e o representante Regional da FAO para a América Latina e Caribe, José Graziano da Silva, além de deputados e senadores e representantes dos países-membros.

Avaliação das atividades da FAO

O objetivo do encontro é analisar as atividades realizadas pela FAO na América Latina e Caribe durante os últimos dois anos, principalmente, em relação ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) relacionados ao desenvolvimento sustentável e à alimentação.

Durante o encontro, cujos debates já iniciaram no dia 14, são divulgados informes da Comissão Florestal para a América Latina e Caribe (Coflac) e da Comissão de Desenvolvimento da Pecuária (Codegalac). Além disso, estão sendo analisadas as ações globais e emergenciais da Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome.

Sobre os participantes

Além do Brasil, os países-membros são: Antigua y Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Saint Kitts y Nevis, Santa Lúcia, San Vicente y las Granadinas, Suriname, Trinidad y Tobago, Uruguai e Venezuela. Todos eles indicam as áreas prioritárias para a atuação da organização no próximo biênio.

Como observadores, foram convidados países como Espanha, Estados Unidos e França, entre outros, além de organizações intergovernamentais e não-governamentais.

Territórios da Cidadania

Um dos principais focos da participação do MDA na 30ª Conferência Regional da FAO será o Programa Territórios da Cidadania, lançado este ano pelo Governo Federal para qualificar e agilizar as ações de combate à pobreza rural.

O objetivo do Territórios é levar aos locais mais frágeis do meio rural brasileiro um conjunto de políticas públicas de forma integrada. Por isso, o Governo Federal destinou R$ 11,3 bilhões aos locais mais empobrecidos, que mais necessitam de políticas públicas. A meta da ação, que conta com 19 ministérios, é garantir melhores condições de vida, erradicando a pobreza no campo.

Para o primeiro ano do programa, foram selecionados 60 Territórios em todo o País. Justamente os de forte concentração de agricultores familiares, assentados da reforma agrária e beneficiários do Bolsa Família. Esses são lugares, também, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e reduzido dinamismo econômico.

As ações interministeriais nesses territórios priorizam três eixos: infra-estrutura, apoio a atividades produtivas e acesso aos direitos sociais. Para obter mais informações sobre o programa e acompanhar cada uma das 135 ações previstas em todos esses territórios, basta acessar o portal: "www.territoriosdacidadania.gov.br". As informações são da assessoria de imprensa do MDA.