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Agricultura brasileira precisa de organização, diz Roberto Rodrigues

O ex-ministro da Agricultura participou nesta quinta-feira (17/04) do I Workshop de Nutrição Avícola Vaccinar, realizado em Campinas (SP).

Redação (18/04/2008)- A palavra de ordem para o setor agrícola brasileiro, segundo o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, é organização. “A agricultura brasileira precisa de organização, principalmente, nos segmentos de rastreabilidade e da agroenergia”, ressaltou Rodrigues nesta quinta-feira (17/04), em Campinas (SP), durante a sua apresentação no I Workshop de Nutrição Avícola Vaccinar. O ex-ministro falou sobre as perspectivas do agronegócio brasileiro.

 

Rodrigues defendeu em sua palestra um modelo mais efetivo para a agricultura brasileira por meio da organização do setor. “Estudos da FAO revelam que até 2025 será preciso crescer 41% a produção de cereais no mundo, por conta do crescimento estimado da população, calculado em torno de 2,1 bilhões de habitantes”, destacou. “Para tanto, precisamos organizar a nossa agricultura, para produzirmos cada vez mais e melhor”. E por onde começar esta organização? Rodrigues, que hoje coordena a GV Agro – um centro de excelência voltado ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro criado pela Fundação Getúlio Vargas -, apontou dois pontos fracos da agricultura brasileira e que precisam ser trabalhados com urgência: a rastreabilidade na agropecuária e a produção de energia a partir de fontes agrícolas (a agroenergia).

 

Para este segundo ponto, Rodrigues defende a criação de uma secretaria executiva para coordenar as questões de energia no Brasil e criar um programa nacional para o setor. “Hoje, 11 Ministérios cuidam da questão de energia no País, mas não há comunicação entre eles. Falta estratégia para este setor”, disse. Outra questão que o coordenador da GV Agro levantou em sua apresentação foi a construção de um mercado para biocombustíveis no Brasil. “Não temos mercado, hoje, para os biocombustíveis que produzimos. Precisamos organizar esta área se quisermos entrar realmente neste mercado”.

 

Rodrigues ainda falou sobre os mitos que envolvem a polêmica alimentos e biocombustíveis. “A produção de biocombustíveis no Brasil é perfeitamente compatível com a produção de alimentos. O País tem muitas terras para explorar e pode, muito bem, produzir biocombustíveis e aumentar a sua produção de alimentos. É um mito afirmar que os biocombustíveis diminuirão a produção e a oferta de culturas alimentícias”.

 

Nelson de Souza Lopes, diretor presidente da Vaccinar

Workshop

O I Workshop de Nutrição de Aves Vaccinar reuniu mais de 100 pessoas no Monfeale Hotel Classic Hotel, em Campinas (SP). Segundo o diretor presidente da Vaccinar Nutrição Animal, Nelson de Souza Lopes, o objetivo deste evento foi trabalhar e reforçar a imagem e a atuação da Vaccinar no mercado de São Paulo. A Vaccinar, que é um empresa de Minas Gerais, com fábricas em Belo Horizonte e em Curitiba (PR), praticamente dobrou a sua participação no segmento de nutrição animal após ter feito a aquisição do negócio de premixes da Basf, em abril de 2007”, disse Souza Lopes. “No entanto, a nossa participação no mercado paulista ainda não chegou a nossa meta. Por isso, organizamos este workshop e convidamos as principais lideranças das empresas avícolas de São Paulo. Queremos que a avicultura paulista saiba que a Vaccinar é uma empresa de capital 100% nacional e que oferece soluções completas e competitivas para a atividade”.