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Rodada Doha ajudará na luta contra a alta dos alimentos

Um dos entraves das negociações de Doha, que são realizadas junto à OMC, diz respeito justamente à liberalização dos intercâmbios agrícolas.

Redação (22/04/2008)- O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou que a conclusão da Rodada Doha, que discute as negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), permitirá lutar contra o encarecimento dos produtos agrícolas.

‘‘Não se pode esquecer que, para alimentar sua população os Estados dependem da liberdade de comercializar. Mas já estamos vendo que algumas decisões tomadas em nível nacional, como a de limitar a exportação de produtos alimentícios, tem efeitos devastadores em nível mundial’’, escreveu o diretor do FMI em um artigo publicado ontem no ‘‘Financial Times’’ (FT). ‘‘Levar a Doha a um bom termo representaria uma ajuda de capital, já que reduziria as barreiras alfandegárias e as distorsões de competição e favoreceria o comércio agrícola’’, acrescenta Strauss-Kahn.

Um dos entraves das negociações de Doha, que são realizadas junto à OMC, diz respeito justamente à liberalização dos intercâmbios agrícolas. Os países pobres querem que os ricos eliminem os subsídios a seus produtores, e os ricos querem que os pobres derrubem as tarifas de produtos industrializados.

Strauss-Kahn recorda que os ‘‘preços do arroz no mercado mundial aumentaram mais de 50% desde o início do ano e que os preços do resto dos produtos alimentícios estão em clara alta’’.

Para fazer frente a este desafio, o diretor do FMI defende a necessidade de um acordo concertado em escala mundial. ‘‘O FMI está disposto a proporcionar rapidamente um apoio financeiro aos países afetados pela crise comercial alimentar a fim de fazer frente a suas necessidades de financiamento’’, assegura.

A crise dos preços dos alimentos tem sido motivo de preocupações das principais entidades financeiras e líderes mundiais nas últimas semanas. Ontem, por exemplo, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, elogiou a vontade do primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda, de fazer figurar a crise dos alimentos na ordem do dia da próxima cúpula do G8, em julho.