Redação (08/05/2008)- A chamada "inflação dos alimentos", movimento mundial de alta dos preços agropecuários, compensou as perdas nos volumes de carne suína exportados pelo Brasil. No acumulado do ano, as cotações médias estão 29,79% maiores que no mesmo período do ano passado. Em compensação, os embarques caíram 11,30%.
Parte da redução é creditada à greve dos auditores da Receita Federal. No mês passado, o País enviou ao exterior 48,7 mil toneladas – 20,92% menos que no mesmo período de 2007. A receita cresceu 7,34%, somando US$ 393,3 milhões.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, lembra, no entanto, que abril do ano passado foi excepcional: 61,6 mil toneladas, assim como o deste ano foi o melhor mês de 2008 tanto em volume quanto em receita. Para ele, talvez a greve tenha prejudicado o embarque de 5 mil toneladas.
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Camargo Neto acrescenta que a alta no preço médio praticado não está compensando a valorização do real mas, por outro lado, repassando, em parte, a valorização dos insumos. A Abipecs não tem levantamento do aumento dos custos. Segundo dados da AgraFNP, a valorização do preço para exportação dos suínos foi semelhante à da carne bovina. O maior incremento, no mês passado, ocorreu no frango (46%).
O presidente da Abipecs diz ainda que a dependência da Rússia também ajuda nesta queda de volumes. O setor aguarda a liberação do mercado chileno para este ano, além de um missão dos Estados Unidos no mês que vem.
