Bryan Black, presidente do National Pork Producers Council, durante as discussões sobre o etanol no World Pork expo 2008 |
Redação (10/06/2008)- A produção de etanol a partir do milho foi o tema central das discussões apresentadas durante a World Pork Expo 2008, realizada entre os dias 5 e 7 de junho, em Des Moines, Iowa (EUA). Organizado pelo National Pork Producers Council (NPPC), entidade que representa os suinocultores americanos, o evento abriu espaço para debates sobre o aumento do preço do milho e a conseqüente elevação nos custos de produção de suínos, já que 70% destes custos referem-se à alimentação dos animais. “Este não é um problema específico do etanol”, disse o presidente do NPPC, Bryan Black. “A demanda mundial de grãos, a crise de preços gerada pelo mercado de energia e a escassez de milho no planeta nos conduziram a esta situação”.
Durante o World Pork Expo, o NPPC criou uma força tarefa para identificar alternativas nutricionais ao milho que ajudem os suinocultores a equilibrar seus custos com a produção dos animais. O secretário de Agricultura local, Chuck Conner, admitiu aos produtores em seu discurso que o etanol é um dos grandes protagonistas para o aumento dos preços dos alimentos, principalmente do milho. “O etanol é um novo fator de demanda dentro do mercado do milho americano, requisitando mais de um terço da produção desse grão”, destacou.
Conner disse ainda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está elaborando um programa de conservação de reservas para pastagens, que irá beneficiar diretamente os produtores de bovinos, o que, indiretamente, beneficiará os suinocultores com o aumento da quantidade de alimentos disponíveis para a indústria animal.