A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) promove no dia quatro de agosto um debate cujo tema central é “Sistemas de Biossegurança em Suínos”. O painel é uma das atividades do II Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (II SBSS) e I Brasil Sul Pig Fair, que vão acontecer entre os dias quatro e seis de agosto, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).
A discussão é bastante oportuna. O registro de suínos contaminados pelo vírus influenza H1N1 na Argentina, ocorrência que obrigou o país vizinho a declarar estado de alerta sanitário, coloca o assunto em evidência e reforça a necessidade de redobrar os cuidados com a biosseguridade nas propriedades suinícolas brasileiras.
Para falar sobre o assunto, foram convidados o diretor de mercado externo da Abipecs, Rui Vargas e Nélson Morés, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves e uma das maiores autoridades em sanidade animal do País. Um representante da agroindústria, que ainda será confirmado, fecha o time de debatedores. “Vamos abordar as exigências do mercado para a biosseguridade, que é o assunto da atualidade”, explica Jurandi Machado, diretor de Mercado Interno da Abipecs e organizador do debate.
Desafios – Biosseguridade é uma palavra que faz parte do cotidiano da suinocultura brasileira. O pesquisador Morés lembra que em muitas regiões produtoras de suínos no Brasil ocorre muita movimentação de leitões, em especial nas fases de desmame e saída de creche, isso desafia questões ligadas a biosseguridade. “O problema de circulação dos animais, que acontece principalmente nas integrações, é que ela facilita a proliferação e distribuição de agentes infecciosos. Reduzir este movimento pode ser a melhor saída para esta questão”, afirmou.
Apesar dos desafios do nosso sistema produtivo, o especialista lembra que a suinocultura brasileira tem ótimas condições sanitárias e de competitividade de custos. “Existem ações importantes sendo executadas no País. O Brasil é um dos poucos países sem PRRS (sigla em inglês de Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos), o que significa uma vantagem econômica de custo de produção em relação a países europeus, ou mesmo Estados Unidos e Canadá, que convivem com esta doença. O sucesso brasileiro se deve aos esforços bem equacionados da agroindústria e do ministério”, disse.
Aditivos – Outro assunto que deve permear as discussões é a restrição do uso de antibióticos promotores de crescimento na produção animal.
Morés, acredita que as novas exigências em relação aos resíduos na carne aumentam as preocupações com medidas de biosseguridade, exigem maiores cuidados na aplicação das boas práticas de produção, na correção de fatores de risco e programas de utilização de vacinas mais adequado. “A biosseguridade ganha importância. Vamos redobrar os cuidados nesta questão para podermos reduzir o uso de antibióticos”, destacou o especialista.
O debate promovido pela Abipecs será realizado no dia quatro de agosto, com entrada gratuita para congressistas do II SBSS.
As inscrições para o II SBSS e I Pig Fair podem ser feitas no site do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários.
Serviço:
II Simpósio Brasil Sul de Suinocultura e I Brasil Sul Pig Fair
Data: de 4 a 6 de agosto de 2009
Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, em Chapecó, Santa Catarina
Encontro Abipecs: Sistemas de Biossegurança em Suínos
Palestrantes: Nélson Morés, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Rui Vargas, diretor de Mercado Externo da Abipecs
Informações: (49) 3329.1640
Site: www.nucleovet.com.br