Análise de Mercado do dia 19 de agosto
Suíno Vivo
A forte crise que castiga o setor suinícola levou produtores e empresários a Brasília (DF). Representantes de vários setores da suinocultura brasileira se reuniram ontem (18/08) com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para expor o momento complicado que estão enfrentando e pedir apoio do governo.
Em dificuldades desde o início do ano, os suinocultores estão hoje pagando para produzir. Em praticamente todas as regiões produtoras do País, os custos de produção são maiores do que o preço recebido pelo suíno. Projeção da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) estima em cerca de R$ 700 milhões as dívidas vencidas e a vencer dos produtores.
Stephanes se mostrou a par das dificuldades do setor. “Na área agropecuária, hoje, a suinocultura é o setor que apresenta o maior nível de problemas”, afirmou o ministro. Para Stephanes, o excesso de produção fez com que os preços caíssem muito, o que é agravado com o número pequeno de compradores, que diminui a concorrência.
Para tentar sair dessa situação desconfortável, o setor pediu a renegociação das dívidas, uma nova linha de crédito para retenção de matrizes suínas no valor de R$ 500 por animal até o limite de R$ 500 mil por suinocultor, a inclusão dos produtores no Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) do governo federal, além de campanhas de incentivo ao consumo da carne suína.
Stephanes disse que todas essas questões serão levadas à área econômica em reunião a ser realizada até quinta-feira (20/08), mas adiantou que há uma dificuldade na adoção de um preço mínimo para a suinocultura e que não vê, a curto prazo, como aumentar o mercado consumidor da carne suína.
“Efetivamente que temos problemas seríssimos e, infelizmente, alguns produtores vão quebrar, mas temos que tentar adotar medidas que evitem ao máximo esses impactos”, afirmou.
Suíno vivo
GO R$2,60
MG R$2,60
SP R$2,35
RS R$1,97
SC R$1,90
PR R$1,90
MS R$1,90
MT R$1,90
Frango Vivo
A diferença de preço do frango vivo entre o mercado paulista e o mineiro – que no início do mês era de 12,5% (R$1,60 em SP; R$1,80 em MG) – desapareceu totalmente ontem, quando o produto comercializado em Minas Gerais perdeu cinco centavos e foi comercializado por R$1,55/kg, mesmo valor praticado em São Paulo desde segunda-feira.
Essa similaridade de cotações não era observada desde meados de abril último, ocasião em que o frango vivo alcançou, nas duas praças, cotação de R$1,60/kg. Anteriormente, porém (entre março e abril), o preço de Minas Gerais foi inferior ao de São Paulo.
Essa possibilidade não está descartada no momento, mesmo esperando-se que novos recuos venham a ocorrer também em São Paulo.
Frango vivo
SP R$1,55
CE R$2,30
MG R$1,55
GO R$1,60
MS R$1,50
PR R$1,65
SC R$1,70
RS R$1,65
Ovos
Com os preços em quedas diárias, o produtor tem pela frente dias ruins no mercado varejista.
Mas os informativos precisam averiguar melhor este excesso de ovos que, tudo indica, está sendo decisivo nestas quedas.
Ovos brancos
SP R$45,90
RJ R$49,00
MG R$49,00
Ovos vermelhos
MG R$51,00
RJ R$51,00
Boi Gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 78,63, com a variação em relação ao dia anterior de -0,44%. A variação registrada no mês de Agosto é de -2,14%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 42,62, com a variação em relação ao dia anterior de 0,8% e com a variação de -1,09% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
Boi gordo
Triangulo MG R$72,00
Goiânia GO R$68,50
Dourados MS R$74,00
C. Grande MS R$74,00
Três Lagoas MS R$75,00
Cuiabá MT R$69,00
Marabá PA R$67,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 46,29. O mercado apresentou uma variação de -1,36% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresenta uma variação de -5,12%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 25,09, com a variação em relação ao dia anterior de -0,16%, e com a variação de -4,09% no acumulado do mês.
Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$46,00
Goiás – GO (média estadual) R$44,50
Mato Grosso (média estadual) R$43,50
Paraná (média estadual) R$46,29
São Paulo (média estadual) R$47,50
Santa Catarina (média estadual) R$48,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$45,00
Minas Gerais (média estadual) R$45,50
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 19,27. O mercado apresentou uma variação de -0,57% em relação ao dia anterior e de -2,75% no acumulado do mês de Agosto.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 10,45, com uma variação de 0,67% em relação ao dia anterior, e com a variação de -1,7% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$15,00
Minas Gerais (média estadual) R$16,50
Mato Grosso (média estadual) R$11,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$16,00
Paraná (média estadual) R$18,00
São Paulo (média estadual) R$19,27
Rio G. do Sul (média estadual) R$21,00
Santa Catarina (média estadual) R$21,00