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Mercado Interno

Análise de Mercado

Confira cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional em diversos Estados.

Análise de Mercado do dia 28 de agosto

Suíno Vivo

Nos primeiros sete meses do ano a receita das exportações mineiras de carne suína registrou alta de 67%. O valor alcançado com a comercialização do produto no exterior foi de US$ 61,4 milhões, na comparação com a cifra de US$ 36,8 milhões do mesmo período de 2008, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Conforme a Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas, que tabulou os dados, foi expressivo também o aumento do volume embarcado, aumento de 62% em relação à quantidade registrada no acumulado de janeiro a julho do ano passado. Foram 27,7 mil toneladas, contra 17,1 mil toneladas no mesmo período de 2008

Para o superintendente João Ricardo Albanez, os resultados positivos da comercialização da carne suína no exterior devem ser atribuídos principalmente à retomada dos negócios com a Rússia. O período de restrição, de um ano e meio, terminou no primeiro semestre de 2008.

Albanez ressaltou que, após a reabertura do mercado russo para o Brasil, o embargo foi mantido para os Estados Unidos e o espaço que os norte-americanos perderam temporariamente foi ocupado, em parte, inclusive pelo produto das granjas mineiras, sendo a Rússia o maior comprador.

Os russos adquiriram, de janeiro a julho deste ano, 20,4 mil toneladas, ou quase 74% do volume total exportado por Minas, gerando 90% da receita obtida por Minas Gerais com a comercialização da carne suína no mercado internacional

Positivo – Conforme análise do superintendente, esses números foram alcançados num período ainda marcado pelos reflexos da crise econômica mundial. Além disso, um pequeno aumento do preço médio da carne suína no exterior contribuiu para os bons resultados das exportações. No período analisado, a cotação média teve uma variação positiva de 3,3%, alcançando US$ 2,2 mil por tonelada.

Albanez ressaltou ainda que os resultados alcançados em julho deste ano pelas exportações mineiras do segmento, ante o mesmo mês de 2008, mostra que a receita teve uma elevação de 126%. Foi registrada uma cifra de US$ 12,7 milhões na comparação com os US$ 5,7 milhões alcançados em julho do ano passado, conforme o superintendente.

Mercado interno – Apesar da proximidade do final do mês, as cotações do suíno vivo no mercado interno permanecem em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A pouca oferta de animais em peso ideal vem ditando o ritmo do mercado, de acordo com pesquisas do Cepea. No entanto, os aumentos ocorridos principalmente em São Paulo e Minas Gerais poderão ser interrompidos a partir de setembro com a exoneração do pagamento de ICMS para suínos vivos vendidos por catarinenses para outros estados. O objetivo principal do governo é ajudar suinocultores no escoamento da produção para outros estados. A isenção será concedida também para a carne suína negociada no próprio estado (SC). A decisão do governo catarinense, anunciada no dia 24 deste mês, deve beneficiar o estado, mas pode diminuir a competitividade dos demais. A medida vigora inicialmente de 1º de setembro a final de novembro, podendo ser prorrogada por dois anos.

Suíno vivo
GO R$2,60
MG R$2,60
SP R$2,35
RS R$2,02
SC R$1,90
PR R$2,10
MS R$1,90
MT R$1,95

Frango Vivo

O dia é do Avicultor, mas quem deve comemorar, mesmo, é o consumidor que, graças ao trabalho do setor produtivo, tem acesso crescente a um alimento saudável com preços historicamente decrescentes.

Tome-se como referência o valor pago aos produtores pelo frango vivo (parâmetro que também pode ser aplicado ao frango abatido, sem grandes diferenças): nos sete primeiros meses de 2009, um salário mínimo adquiriu 265,92 kg do produto, 140% (ou quase duas vezes e meia a mais) que 30 anos atrás, em 1979.

Aliás, nessas três décadas, em apenas uma ocasião os preços do frango não foram decrescentes: em 1989. Mas não por culpa da avicultura e, sim, dos fracassados planos econômicos adotados pelo governo federal de então (adivinhe quem era o Presidente?). Esses planos, de um lado, achataram o salário mínimo. E de outro lado (o da avicultura), primeiro estimularam o aumento da produção, depois deixaram o set or “ao Deus dará”, quase o levando à bancarrota. A consequência inevitável foi a distorção na relação preço do frango/valor do salário mínimo.

Mas como o setor tem sabido recuperar-se, 10 anos depois o poder de compra quase dobrava (+87%) em relação a 1989. E superava os 50% em relação a 1979.

Os números relativos a 2009 levam em conta os preços obtidos pelo frango vivo e o valor do salário mínimo entre janeiro e julho. Mas se for considerado o atual preço recebido pelo produtor, um salário mínimo adquire no momento nada menos que 357 kg de frango vivo, ou seja, 223% a mais que há 30 anos.

A propósito: a melhora mais recente do poder de compra também poderia ser imputada à aceleração dos reajustes do salário mínimo que, só na vigência do real (15 anos decorridos entre agosto de 1994 e agosto de 2009), foi reajustado em mais de 600%. Mesmo assim, o frango vem apresentando preços reais decrescentes. Tanto que, para uma inflação próxima de 300% nesse mesmo período, o p reço do frango evoluiu menos de 200%. E mais expressivo ainda é o exemplo do ovo que, nestes 15 anos, teve uma evolução de preços inferior a 100%.

Mas, voltando ao ganho do poder de compra do frango: se para o consumidor tudo melhorou, veja-se a mesma história pelo ângulo do produtor: em 1979 ele precisava de 110 kg de frango vivo para pagar o salário de um trabalhador remunerado pelo salário mínimo. Já na média janeiro-julho de 2009 ele precisou de um volume quase 2,5 vezes maior (265,92 kg) para honrar o mesmo salário mínimo.

Frango vivo
SP R$1,35
CE R$2,20
MG R$1,35
GO R$1,50
MS R$1,40
PR R$1,65
SC R$1,55
RS R$1,60

Ovos

Com a demanda firme e com perspectivas melhores ainda, o mercado segue com reações positivas nos preços nesta sexta feira. E tudo leva a crer que mais reações deverão acontecer com o início de um novo mês. Sobras, no momento, não existem no mercado.

Ovos brancos
SP R$45,90
RJ R$49,00
MG R$49,00

Ovos vermelhos
MG R$51,00
RJ R$51,00
SP R$47,90

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 76,92, com a variação em relação ao dia anterior de -0,05%. A variação registrada no mês de Agosto é de -4,27%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 41,24, com a variação em relação ao dia anterior de -0,27% e com a variação de -4,29% no acumulado do mês na moeda norte-americana.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.

Boi gordo
Triangulo MG R$72,00
Goiânia GO R$68,50
Dourados MS R$74,00
C. Grande MS R$74,00
Três Lagoas MS R$75,00
Cuiabá MT R$69,50
Marabá PA R$67,00
Belo Horiz. MG R$74,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 48,35. O mercado apresentou uma variação de 0,14% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresenta uma variação de -0,9%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 25,93, com a variação em relação ao dia anterior de -0,04%, e com a variação de -0,88% no acumulado do mês.

Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$50,00
Goiás – GO (média estadual) R$46,50
Mato Grosso (média estadual) R$46,00
Paraná (média estadual) R$48,35
São Paulo (média estadual) R$50,00
Santa Catarina (média estadual) R$50,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$48,50
Minas Gerais (média estadual) R$48,50

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 19,30. O mercado apresentou uma variação de 0,04% em relação ao dia anterior e de -2,64% no acumulado do mês de Agosto.

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 10,35, com uma variação de -0,18% em relação ao dia anterior, e com a variação de -2,64% no acumulado do mês.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.

Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$15,00
Minas Gerais (média estadual) R$16,50
Mato Grosso (média estadual) R$11,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$16,00
Paraná (média estadual) R$18,00
São Paulo (média estadual) R$19,30
Rio G. do Sul (média estadual) R$21,00
Santa Catarina (média estadual) R$21,50