O mercado internacional está ruim e o mercado doméstico, estável. Mesmo assim, a Coopercentral Aurora – maior compradora e abatedora de suínos de Santa Catarina – iniciou um esforço de recuperação do setor: o preço praticado na compra de suíno vivo pela empresa sobe 6% nesta quinta-feira (17/09). Incluído o ganho com a tipificação, a indústria está remunerando à R$ 1,98 o kg de animal em pé.
Essa remuneração é composta pelo preço básico – que aumentou de R$ 1,70 para R$ 1,80 – e do ganho proporcionado pela qualidade da carcaça (tipificação), em torno de R$ 0,18, totalizando R$ 1,98/kg.
O presidente da Coopercentral, Mário Lanznaster, explicou que o novo preço busca assinalar uma fase de recuperação para o setor. Desde o ano passado, o mercado vive um difícil período de oferta excessiva de suínos vivos para as indústrias e desajuste cambial, situação agravada com a queda nas exportações e redução do consumo.
Lanznaster explicou que, apesar das condições mercadológicas não recomendarem, a Coopercentral decidiu conceder o reajuste para estimular o criador de suínos e evitar o abandono da atividade ou a redução da base produtiva mediante o descarte de matrizes.
O presidente da Aurora acredita em uma lenta – porém gradual – recuperação dos níveis de preços neste último trimestre do ano e prevê que, em 2010, os suinocultores e as agroindústrias conseguirão ajustar os níveis de produção com os níveis de consumo.
A suinocultura representa a maior cadeia produtiva de Santa Catarina, gerando 65 mil empregos diretos e 140 mil indiretos. Cerca de 55 mil produtores dedicam-se a atividade. O rebanho permanente é de 6 milhões de cabeças.