Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Interno

FAO: Preços de alimentos declinou 0,5% em outubro

FAO: Preços de alimentos declinou 0,5% em outubro

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou que o Índice de Preços de Alimentos registrou um declínio de 0,5% em outubro em comparação com o mês anterior, totalizando uma média de 120,6 pontos. Essa queda é resultado de reduções nos preços de óleos vegetais, açúcar, cereais e carnes, embora tenha havido uma recuperação nos preços de lácteos. Em relação a outubro de 2022, o índice diminuiu 14,8 pontos, representando uma queda de 10,9%.

O subíndice de preços dos Cereais atingiu uma média de 125 pontos em outubro, o que representa uma queda de 1,3 pontos (1%) em relação a setembro e uma redução de 27,3 pontos (17,9%) em relação ao ano anterior. A FAO atribui esse declínio à diminuição dos preços internacionais do trigo, que caíram 1,9% devido à oferta maior do que o previsto nos Estados Unidos e à forte concorrência entre exportadores. No entanto, os preços do milho tiveram um aumento, impulsionados pela redução da oferta na Argentina, apesar da maior oferta e colheita nos EUA e da competição com o Brasil. Já o arroz teve uma queda de 2% em relação a setembro, influenciada pela demanda reduzida.

O subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou uma média de 120 pontos em outubro, com uma queda de 0,7% em comparação com setembro, marcando o terceiro mês consecutivo de redução. A queda dos preços se deve principalmente ao óleo de palma, que experimentou preços mundiais mais baixos devido à produção sazonal elevada e à demanda moderada. Por outro lado, os preços do óleo de soja se recuperaram após dois meses de queda, impulsionados pela demanda robusta no setor de biodiesel, especialmente nos EUA. Os preços do óleo de girassol e do óleo de colza também subiram ligeiramente devido a compras firmes de importadores globais e perspectivas de redução da colheita no Canadá.

O subíndice de preços da Carne da FAO teve uma média de 112,9 pontos em outubro, com uma queda de 0,6% em relação a setembro e uma diminuição de 3,4% em relação ao ano anterior. A carne de porco teve uma queda pelo terceiro mês consecutivo, devido às importações persistentemente lentas, principalmente em países do Leste Asiático. Em contrapartida, os preços da carne de aves tiveram uma ligeira recuperação, devido aos surtos de gripe aviária que limitaram o fornecimento. Os preços da carne bovina e ovina também aumentaram ligeiramente devido à demanda por importações, apesar da oferta abundante da Austrália e do Brasil para carne bovina e da Oceania para carne ovina.

No subíndice de preços de Lácteos, a média foi de 111,3 pontos em outubro, um aumento de 2,2% em relação a setembro após nove meses de declínio consecutivo. No entanto, esse número ainda ficou 20,1% abaixo do valor de outubro de 2022. O aumento dos preços do leite em pó foi o principal responsável por essa alta, devido à demanda de países do Nordeste Asiático. A escassez de oferta de leite na Europa Ocidental e as incertezas relacionadas às condições climáticas do El Niño na temporada de produção de leite na Oceania também contribuíram para o aumento dos preços. Os preços da manteiga subiram, enquanto os preços do queijo tiveram uma ligeira queda.

O subíndice de preços do Açúcar teve uma média de 159,2 pontos em outubro, uma redução de 2,2% em relação a setembro, após dois meses de aumento. No entanto, os preços permanecem significativamente mais altos do que no mesmo período do ano anterior, com um aumento de 46,6%. A queda se deve ao aumento na produção brasileira de açúcar, apesar de desafios relacionados às chuvas na moagem de cana-de-açúcar. Além disso, o enfraquecimento da moeda brasileira em relação ao dólar e a redução dos preços do etanol no Brasil também afetaram os preços globais do açúcar. No entanto, preocupações persistentes sobre a oferta global mais restrita na temporada 2023/24 e atrasos nos embarques do Brasil limitaram as quedas dos preços mundiais do açúcar.