As transações no mercado brasileiro de milho continuam a passos lentos, de acordo com os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar de uma demanda interna mais aquecida, os vendedores estão concentrados nas atividades de campo, o que limita a oferta do cereal no mercado spot.
Um dos fatores que contribuem para a lentidão nas negociações é a falta de consenso entre os produtores ativos e os compradores em relação aos preços, o que reforça a baixa liquidez no setor. No cenário geral, as cotações do milho têm se mantido firmes, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, utilizado para a região de Campinas (SP), registrando valores acima de R$ 61 por saca de 60 kg.
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Apesar do retorno das chuvas em algumas regiões produtoras do Centro-Oeste, a preocupação persiste entre os agricultores devido ao atraso na semeadura da soja. Este atraso pode resultar no cultivo do milho fora da janela considerada ideal, gerando apreensão no setor agrícola.
A situação é acompanhada de perto pelos especialistas do Cepea, que destacam a importância de monitorar o desenvolvimento das negociações e as condições climáticas nas áreas produtoras, fatores determinantes para o desempenho do mercado de milho nas próximas semanas. A incerteza em torno da semeadura da soja adiciona um elemento adicional de complexidade ao cenário, exigindo uma abordagem cuidadosa por parte dos envolvidos no setor agrícola.