O governo japonês levantou a suspensão sobre a importação de aves vivas e ovos férteis de Mato Grosso do Sul, conforme registrado na plataforma de embargos e autorizações sanitárias do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país (MAF). A suspensão temporária, que estava em vigor desde 19 de setembro devido a um caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAPP, vírus H5N1) em uma galinha de produção de subsistência (fundo de quintal) no estado, foi retirada.
Na ocasião da suspensão, o ministério japonês explicou que a medida tinha como objetivo “evitar que as aves vivas criadas no país fossem infectadas com o vírus e por uma questão de higiene alimentar”. O levantamento do embargo ocorre após o Ministério da Agricultura do Brasil enviar informações adicionais ao país e após o encerramento do foco em Bonito (MS).
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Em 20 de outubro, o Japão já havia liberado a retomada das importações de carne de frango e ovos de Mato Grosso do Sul. Apesar de a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) afirmar que notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não impõem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, o Japão mantém uma visão divergente.
O Japão, o segundo maior consumidor dos produtos avícolas do Brasil, impõe embargos comerciais mesmo em casos de subsistência, como ocorreu no Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Embora o país tenha concordado em restringir o fluxo comercial ao município, ainda não concretizou a medida. Até o momento, o Japão aplica uma restrição retroativa de 21 dias aos embarques do estado com casos de criação doméstica e, após 28 dias de embargo, avalia o pedido do Brasil de reabertura do mercado.