Impulsionados pela alta demanda dos frigoríficos devido às celebrações de fim de ano, os preços do suíno vivo e da carcaça especial suína continuaram a subir pelo quarto mês consecutivo em dezembro.
Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço por quilo do suíno vivo, posto no frigorífico, teve um aumento de 5,3% em relação a novembro, alcançando R$ 6,99 no último mês.
Em Minas Gerais, além da demanda elevada, a oferta de animais no peso ideal para abate ficou reduzida, o que contribuiu para os aumentos de preços. Em Patos de Minas (MG), o preço por quilo do suíno vivo registrou um significativo aumento de 7,2% em dezembro, atingindo a média de R$ 7,24.
Na região Sul do país, no Oeste Catarinense (SC), o suíno teve uma valorização de 3,4% em comparação a novembro, sendo cotado em média a R$ 6,64 por quilo no último mês. No Norte do Paraná (PR), houve um aumento de 6,96%, com o preço por quilo do suíno vivo chegando a R$ 6,96. Em Santa Rosa (RS), a média de dezembro, de R$ 6,52 por quilo, foi 2,5% superior à do mês anterior.
No mercado atacadista, os preços da carne suína seguiram a tendência de alta observada no mercado do suíno vivo. De novembro a dezembro, as carcaças especial e comum tiveram aumentos de 6,3% e 6,1%, respectivamente, sendo negociadas a médias de R$ 9,98 por quilo e R$ 10,48 por quilo.
Quanto aos cortes mais procurados para as festividades de fim de ano, o pernil com osso teve a valorização mais expressiva no mesmo período, apresentando um aumento de 2,8%. Em dezembro, foi cotado em média a R$ 10,94 por quilo no estado de São Paulo.
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Recorde nas exportações de carne suína
As exportações brasileiras de carne suína encerraram o ano de 2023 atingindo um volume anual recorde, conforme apontam os dados da Secretaria de Comércio e Exterior (Secex), cuja série histórica iniciou em 1997. Além disso, o mês de dezembro registrou a maior quantidade exportada para este período em toda a história.
De acordo com as informações da Secex, analisadas pelo Cepea, ao longo de 2023, foram enviadas ao exterior 1,2 milhão de toneladas de carne suína, representando um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior e um acréscimo de 8,4% em comparação ao recorde anterior, estabelecido em 2021. Em dezembro, em particular, foram exportadas 109,6 mil toneladas de carne suína (considerando produtos in natura e processados), um aumento de 4,7% em relação a novembro e 8,3% superior ao registrado em dezembro de 2022.
O valor total arrecadado ao longo do ano passado atingiu R$ 13,9 bilhões, representando um crescimento de 6,1% em comparação a 2022. Já no último mês de 2023, o setor exportador suinícola nacional gerou uma receita de R$ 1,2 bilhão, um leve avanço em relação a novembro, porém, 14,6% abaixo do verificado em dezembro de 2022.
Apesar da diminuição de 15,6% nas exportações para a China, que é o maior parceiro comercial do Brasil, outros países, especialmente da Ásia, intensificaram as compras em 2023. Destacam-se Hong Kong (+29,3%), Filipinas (+58,8%) e Singapura (+82,5%), com volumes de carne destinados a esses países totalizando 388,6 mil toneladas, 126,6 mil toneladas e 64,3 mil toneladas, respectivamente, conforme dados da Secex.
No que diz respeito ao Chile, principal destino da carne brasileira na América do Sul, as exportações em 2023 apresentaram um expressivo crescimento de 44,2% em comparação a 2022, totalizando 87,5 mil toneladas.