Na safra 2022/23, os produtores argentinos enfrentaram perdas superiores a US$ 15 bilhões, conforme relatado pela Confederação Rural Argentina (CRA). A CRA atribuiu essas perdas aos valores pagos em taxas de exportação (retenciones), que totalizaram US$ 4,5 bilhões, combinados com os impactos da severa seca. Em comunicado, a CRA informou que, para a safra 2023/2024, os produtores precisaram refinanciar dívidas e contrair novos empréstimos para viabilizar o replantio. Nesse contexto, a CRA manifestou sua oposição ao aumento do imposto, argumentando que tal medida resultará numa redução de 10% na renda dos produtores em um ano de custos elevados.
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No mês passado, o governo argentino anunciou um aumento na taxa de exportação para produtos agrícolas como milho e trigo, elevando-a para 15% (anteriormente 12%), enquanto a soja continuaria sendo tributada em 33%. Em conjunto com o aumento nos custos dos insumos, a CRA estimou que o rendimento esperado poderia cair de 30% a 35%, podendo ser negativo em algumas regiões.
“Estamos enfrentando um momento em que os preços do milho, trigo e soja estão em queda acentuada, agravando os efeitos das taxas de exportação”, afirmou a CRA. A entidade ressaltou que a arrecadação adicional do milho, por exemplo, seria de aproximadamente US$ 120 milhões, uma quantia considerada insignificante em comparação com os mais de 6,5 bilhões que o setor já contribuiu.
A CRA também destacou, em seu comunicado, que, apesar da melhora de 28% nos ganhos dos produtores devido à nova taxa de câmbio, os custos em pesos aumentaram de US$ 360 por tonelada para US$ 800 por tonelada. “Ao analisarmos as relações insumo/produto, observamos que o poder de compra dos grãos – apesar da depreciação – sofreu uma queda significativa”, declarou a entidade.