A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início da operação em teste, a partir de 30 de janeiro, de sete unidades geradoras da Usina Eólica Coxilha Negra 2, que vão de UG6 a UG12. Localizados em Santana do Livramento, cada aerogerador tem uma capacidade instalada de 4,2 MW, totalizando 29,4 MW. O início dos testes das primeiras unidades está programado para a primeira quinzena deste mês, após a aprovação dos testes pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Com um investimento estimado em mais de R$ 2 bilhões, o Parque Eólico Coxilha Negra representa o maior projeto de geração de energia renovável atualmente em execução pela Eletrobras. O empreendimento terá uma capacidade instalada de 302,4 MW, incluindo três conjuntos de usinas que contarão com 72 aerogeradores no total: Coxilha Negra 2, Coxilha Negra 3 e Coxilha Negra 4. A empresa está concentrando seus esforços em transmissão e energias renováveis, avançando na expansão da geração a partir de fontes limpas, alinhada ao compromisso de Net Zero – onde busca zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa.
As obras de implementação do Parque Eólico Coxilha Negra, conduzidas pela subsidiária Eletrobras CGT Eletrosul, estão avançando em Santana do Livramento. Além de concluir a montagem mecânica dos sete primeiros aerogeradores autorizados para os testes, a empresa está instalando as demais estruturas que compõem o conjunto de 24 unidades geradoras da Usina Eólica Coxilha Negra 2. Esta fase envolve o içamento da nacele com seus acessórios, seguido pelo gerador e, por fim, o cubo em configuração estrela com as três pás. Cada aerogerador pesa 1.320 toneladas; as torres têm 125 metros de altura e cada pá possui 72 metros de comprimento. Mais de 50 bases já foram concretadas para receber as estruturas dos aerogeradores nos três conjuntos de usinas do Parque Eólico Coxilha Negra.
Os componentes dos aerogeradores, como rotor, gerador e nacele, são fabricados em Jaraguá do Sul (SC) pela empresa WEG e transportados por via terrestre até Santana do Livramento. As pás são produzidas no Ceará pela empresa subcontratada Aeris, e são transportadas por via marítima do Porto do Pecém até o Porto de Rio Grande, seguindo então viagem terrestre até o parque eólico.
A implementação do sistema de transmissão também está em estágio avançado. Em 28 de janeiro, após a autorização do ONS, o primeiro transformador da Subestação Coxilha Negra 2 e a expansão da Subestação Livramento 3 (Sant’Ana Transmissora) foram energizados. Elas estão interligadas por 31 km de linha de transmissão de 230 kV da Eletrobras CGT Eletrosul, denominada Livramento 3 – Coxilha Negra 02. As obras da Subestação Coxilha Negra 3, que atenderá exclusivamente a Usina Eólica Coxilha Negra 4, também estão avançando.
Para viabilizar o Parque Eólico Coxilha Negra, foram construídos cerca de 100 km de novos acessos, além da revitalização de outros 56 km de estradas rurais municipais. Estima-se a criação de 1,3 mil empregos durante os diversos estágios das obras. Neste momento, cerca de 1 mil profissionais estão trabalhando nas diferentes frentes de trabalho, mobilizados pelas empresas prestadoras de serviços.
Fonte: Correio do Povo