As declarações do presidente Luis Inácio Lula da Silva, comparando os ataques de Israel na Faixa de Gaza, Palestina, ao Holocausto que dizimou milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, desencadearam um incidente diplomático que acendeu um alerta entre os exportadores brasileiros.
Durante uma entrevista coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente afirmou: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza não tem precedentes históricos, exceto quando Hitler decidiu exterminar os judeus.” Embora o mercado israelense represente uma parcela pequena das exportações do Brasil, o setor agropecuário possui uma participação significativa no comércio bilateral.
De acordo com dados da plataforma ComexStat do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), em 2023, o Brasil exportou US$ 662 milhões em produtos para Israel, incluindo óleos brutos de petróleo ou minerais betuminosos, carne bovina, soja, farelo de soja e milho.
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Apesar de serem volumes relativamente pequenos, qualquer desentendimento que afete o comércio gera preocupações entre os exportadores. No entanto, a avaliação é de que, por enquanto, a interdependência econômica entre os países deve prevalecer.
O principal receio é que a posição do governo brasileiro possa provocar uma escalada no conflito e incomodar nações aliadas de Israel, como os Estados Unidos, que se tornaram o segundo maior importador de carne bovina brasileira no ano passado.