O agronegócio brasileiro registrou um novo marco em suas exportações em 2023, com um faturamento recorde em dólar. O valor acumulado das vendas externas do setor ultrapassou os US$ 166 bilhões, marcando um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelo crescimento na oferta de grãos, que aumentou cerca de 18%, segundo dados da Conab, e pela expansão do volume de produtos agropecuários, que cresceu mais de 18% no mesmo período, conforme indicado por pesquisas do Cepea.
A safra recorde no Brasil contribuiu para o aumento do volume exportado, que cresceu 15,6% em 2023 em comparação com o ano anterior. Entretanto, os preços em dólar dos produtos brasileiros apresentaram uma queda de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior. Isso resultou em uma queda no preço médio real em reais de 9,6%, em parte devido à leve desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano. Como resultado, o faturamento em reais superou o faturamento em dólar, registrando um aumento de 4,5%.
Produtos com maior crescimento no volume exportado
Entre os produtos com maior crescimento no volume exportado estão o milho (+29,4%) e a soja (+29,4%), além das carnes suína (+9,2%) e de frango (+7,7%), o açúcar (+13,2%), o óleo de soja (+4,8%) e o farelo de soja (+6,3%). Em termos de preços em dólar, houve aumento para produtos como açúcar (+13,2%), suco de laranja (+16,1%) e frutas (+16,6%).
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Principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro
A China permanece como o principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro, sendo responsável por 36% do valor total gerado com as exportações do setor em 2023. Outros destinos importantes incluem os países europeus, que respondem por 13% da receita gerada com as vendas externas, e os Estados Unidos, com uma participação de 5,9%.
O complexo da soja é o setor com maior participação nas exportações, representando 40,4% do valor total exportado pelo agronegócio brasileiro em 2023. A Índia se destacou como o principal comprador do óleo de soja brasileiro, enquanto países como Tailândia, Indonésia, Alemanha, Países Baixos e Vietnã foram os principais compradores do farelo de soja.