O número de focos de peste suína africana (PSA) entre suínos domésticos na União Europeia aumentou cinco vezes em 2023 em comparação com 2022, atingindo níveis semelhantes aos de 2019.
A disseminação da doença foi impulsionada principalmente pela introdução e propagação na Croácia, com 1.124 casos notificados, e pelo ressurgimento na Romênia, com 736 casos.
Esses dois países representaram 96% dos surtos na UE. Em outras regiões da UE, os surtos foram esporádicos: 30 na Polônia, 16 na Itália e menos de 10 nos demais seis Estados-Membros afetados.
Além disso, foram registrados quase 7.800 casos em javalis, com a Polônia relatando 2.686 casos e a Itália 1.051.
Relatório da EFSA e aumento de casos em 14 Estados-Membros
Segundo o relatório anual da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), a PSA afetou 14 Estados-Membros em 2023, incluindo a Croácia e a Suécia.
Expansão geográfica e sazonalidade dos surtos
Em 2023, a PSA foi notificada em 11 novas regiões na UE, comparado a 5 em 2022, afetando áreas na Croácia, Grécia, Alemanha, Itália e Polônia. A maioria dos surtos (96%) ocorreu em pequenos estabelecimentos com menos de 100 suínos. Na Romênia, seis surtos ocorreram em estabelecimentos com mais de 10.000 suínos. Os surtos foram sazonais, com 88% ocorrendo entre julho e outubro.
Situação em Javalis
Entre os javalis, a PSA foi introduzida em novos países como Croácia, Grécia e Suécia e se espalhou para novas áreas na Itália.
Houve um pequeno aumento (10%) nos surtos em comparação com 2022. Um pico de surtos foi observado no inverno na Polônia, Eslováquia e Hungria.
A situação epidemiológica melhorou na Alemanha e na Hungria, com redução no número de surtos e na proporção de amostras positivas por PCR de javalis mortos.
No total, 31% das carcaças de javalis testaram positivo para PSA, representando 69% dos surtos, enquanto 0,4% dos javalis caçados foram positivos, representando 31% dos surtos.
Estabilidade das zonas restritas
Apesar do aumento de surtos e da introdução da PSA em novos países, a dimensão das zonas restritas na UE permaneceu estável, devido aos surtos concentrados na Croácia e à redução das zonas restritas na Polônia, Eslováquia e Bulgária (suínos domésticos) e Hungria (javalis).