No #TBTAgrimidia de hoje, relembramos os debates nutricionais de 1987, publicados na edição n°930 da Avicultura Industrial. A definição dos níveis ideais de proteína para poedeiras e frangas em crescimento era um tema central, destacando a transição de recomendações universais para estratégias nutricionais personalizadas.
Pesquisas da época, como o estudo de Keshevarz, da Universidade de Cornell, analisaram diferentes programas alimentares para frangas Leghorn comerciais, evidenciando o impacto de variações nos níveis de proteína sobre o desenvolvimento corporal e a produção.
Esse cenário reforçou a importância de uma nutrição ajustada às necessidades de cada lote, equilibrando custos e desempenho produtivo. Um desafio que, décadas depois, ainda ecoa na busca por eficiência no setor avícola.
Texto retirado dos arquivos:
Níveis de proteína para frangos em crescimento e poedeiras
A definição dos níveis ideais de proteína para poedeiras e frangas em crescimento continua sendo um tema de debate no setor avícola. Os fatores que influenciam essas decisões incluem o custo das rações (com altos níveis de proteína aumentando o preço por tonelada), a qualidade e peso das aves, os níveis de produção, o consumo de ração e os objetivos em relação ao tamanho dos ovos. A abordagem tradicional de recomendações universais para alimentação está sendo progressivamente substituída por estratégias que consideram as características e necessidades específicas de cada lote.
Estudos recentes reforçam a importância de avaliar as demandas nutricionais individuais e os impactos potenciais de diferentes programas alimentares. Uma pesquisa conduzida por Keshevarz, da Universidade de Cornell, fornece informações relevantes sobre o tema, utilizando frangas da linhagem Leghorn comercial em três diferentes programas de alimentação.
No primeiro programa, as aves receberam rações com 18% de proteína nas primeiras seis semanas, 15% entre a 6ª e a 14ª semana, e 12% de 14 a 20 semanas. O segundo programa utilizou 18% de proteína até a 6ª semana e 12% de 6 a 20 semanas. Já o terceiro programa apresentou 18% de proteína de 0 a 6 semanas, 12% de 6 a 18 semanas, e 15% nas semanas finais (18 a 20 semanas).
A principal diferença entre os programas dois e três estava na fase final, onde o terceiro grupo recebeu uma ração com 15% de proteína. Embora o estudo não tenha especificado o peso-alvo das aves por falta de detalhamento da linhagem, é possível deduzir que os diferentes níveis de proteína na dieta influenciam o desenvolvimento corporal e o desempenho produtivo das frangas.
Esses dados reforçam que uma nutrição personalizada, ajustada às necessidades específicas de cada lote, é essencial para otimizar o desempenho das aves e atender às exigências de qualidade do mercado. A busca por um equilíbrio entre custo e eficiência nutricional segue sendo um desafio central para os produtores.